Facebook 8 horas

Educação Parental e parentalidade positiva para educar os filhos

educação parental disciplina positiva educadora parental educação positiva parentalidade positiva

A parentalidade positiva traz uma grande contribuição para a área de educação parental, ao integrar teorias e conhecimentos potentes para orientar pais, responsáveis e escolas sobre como educar as crianças dentro de uma perspectiva que envolve a autoeducação, melhoria das relações familiares e soluções de questões cotidianas com base em princípios que fazem parte de uma educação positiva respeitosa.

Muitas pessoas querem se aprofundar nas bases teóricas da educação parental com base na criação consciente e acabam procurando por uma educadora parental para ficar por dentro do assunto.

Educação e parentalidade positiva – educação dos filhos

Muitos pais e/ou cuidadores se sentem incomodados com as birras das crianças. E nem sempre os pais conseguem imaginar ou descobrir o que está acontecendo com os filhos durante uma birra. Alguns ficam bravos e logo dão broncas, outros ignoram e não atendem às necessidades das crianças. Claro que ambas situações não são corretas.

A maternidade e a paternidade não têm uma fórmula a ser seguida. Não tem certo ou errado e, principalmente, não existem respostas prontas. A maternidade e a paternidade são trabalhos duros, de autoconhecimento, questionamento de crenças culturas familiares e de busca constante por um movimento que nos aproxime amorosamente de nossos filhos. 

Cuidar dos filhos não é uma função inata. Quando nos transformamos em mãe ou pai acreditamos que tudo venha por um conhecimento herdado e que já saberemos assumir o cargo automaticamente. Nem sempre isso é o que acontece e os pais acabam se frustrando por não conseguir cuidar dos seus filhos.

Bem, na criação consciente é trabalhada as necessidades da criança e de sua família. E, por isso, a comunicação não violenta é uma das ferramentas mais potentes que existe. A disciplina positiva é uma forma de ação que permite construir uma visão empática com o outro e com nós mesmos.

Dentro da educação positiva, utiliza-se, também, a comunicação não violenta para descontruir padrões violentos de comunicação que nos foram passados desde pequenos, os quais repetimos diariamente com nossas crianças, muitas vezes, sem a intenção.

Diante disso, é importante que uma educadora parental saiba orientar os pais a trilharem seus primeiros passos numa comunicação mais empática e amorosa com seus filhos. Nessa postagem você pode ver os benefícios da comunicação não violenta e da parentalidade positiva.

Disciplina positiva – Educação emocional

Nós fazemos parte de uma geração que aprendeu a reprimir emoções e sentimentos. E, como consequência, não sabemos identificar, acolher e lidar com eles. Não entendemos as nossas próprias emoções com clareza, quanto mais entender as emoções de um filho(a).

A criança que aprende a esconder a sua raiva e a engolir o choro, pode virar um adulto que não sabe lidar com contrariedades e tem explosões de fúria, por exemplo, principalmente com seus filhos.

Juntamente com o apego seguro, a parentalidade positiva procura acolher as emoções dos pais, de forma que eles aprendam a identificar e lidar com os próprios sentimentos. Uma abordagem eficiente de educação parental deve contribuir para a educação emocional dos pais, cuidadores e filhos.

Para finalizar, a disciplina positiva é uma das filosofias mais conhecidas na educação parental. Ela é amplamente compartilhada, com estratégias que contribuem com a relação parental, permitindo que o adulto tenha expectativas reais em relação ao comportamento da criança e saiba lidar melhor com seus desafios, através de conceitos e práticas para a criação consciente.

É através da educação positiva que aprendemos a desenvolver uma capacidade de lidar melhor com os desafios normais da infância, contribuindo para uma harmonia nas relações entre pais e filhos, e para o lar como um todo.

Quer saber mais sobre parentalidade positiva, educadora parental, disciplina positiva e criação consciente? Entre em nosso blog.

Apego seguro – Entenda a “Teoria do Apego”

apego seguro educação positiva tipos de apego educação parental disciplina positiva

O apego seguro é um dos 4 tipos de apegos presentes na teoria do apego. O conceito de apego seguro surgiu, juntamente com o apego evitante, apego ambivalente e o apego desorganizado, a partir do estudo do vínculo desenvolvido por recém-nascidos com as suas mães e/ou cuidadores.

Os estudos foram iniciados pelo psicanalista John Bowlby, que esteve em contato com crianças órfãs e sem lar que apresentavam muitas dificuldades após a Segunda Guerra Mundial, perante o afastamento compulsório de suas mães. Na teoria, o apego seguro significa um vínculo afetivo ou ligação entre um indivíduo e seu cuidador principal, que responde suas necessidades com assertividade, tornando esse indivíduo seguro e emocionalmente estruturado.

O apego seguro é importante para a qualidade da relação afetiva entre pais e filhos, e a teoria do apego seguro defende que todas as crianças estabelecem algum dos 4 tipos de apego, a depender da relação estabelecida com o cuidador principal.

Nesse post vamos falar sobre os tipos de apego, educação positiva, disciplina positiva, educação parental e sobre como funciona a teoria do apego.

Disciplina positiva

Dentro da criação com apego existem alguns temas interessantes e que devem ser falados. Um deles é a disciplina positiva ou educação positiva.

A neurociência comprova que a criação pautada em autoritarismo ou negligência é danosa para o desenvolvimento neurocortical e emocional das crianças, tornando-as hipervigilantes e prejudicando a sua autoestima.

A disciplina positiva preconiza a comunicação não violenta entre pais e filhos. Ela prega uma abordagem com mais firmeza e gentileza, desenvolvendo o senso de responsabilidade, autonomia, cooperação e respeito por si e pelos outros.

Em paralelo com a educação positiva, o apego seguro preconiza um olhar mais respeitoso com as necessidades das crianças, que devem ser atendidas de maneira gentil, transmitindo uma sensação de segurança, ajudando na manutenção da autoconfiança, independência e da tomada de decisões para lidar com o mundo externo.

A proposta da disciplina positiva envolve uma mudança de paradigma, onde ocorre a migração da cultura autoritária e ancorada no medo para um formato de convivência colaborativa, onde todos são ouvidos, respeitados e desenvolvem um senso de comunidade.

A educação positiva entende que todo comportamento tem uma origem e uma causa. Por isso, torna-se imprescindível entender o porquê de cada comportamento. A criança reflete seus sentimentos em seu comportamento, ou seja, essa é uma forma de comunicação.

Um dos maiores desafios para os pais e/ou cuidadores é a disponibilidade de tempo com “qualidade de presença” para a convivência com os filhos. A rotina diária, as longas jornadas de trabalho, o cansaço e o tempo que dedicamos às telas em geral são fatores que ocupam muito o espaço da convivência em família, sobrando pouca energia para brincadeiras e diálogos.

Dessa forma, precisamos verdadeiramente abrir espaço para as crianças na nossa vida e na nossa rotina, assim elas poderão se sentir pertendentes e amadas, e não um ‘peso’, um estorvo para a família.

Teoria do Apego: conheça os 4 tipos de apego

Um bebê, instintivamente procura uma pessoa para cuidar dele e precisa estar vinculado a alguém para sobreviver. Por exemplo, o bebê não consegue se alimentar sozinho, depende da mãe para conseguir alimentos, calor, proteção, entre outras coisas.

Os relacionamentos interpessoais sustentam-se nas respostas que temos frente às necessidades que sentimos. A necessidade de vínculo e conexão não é sentida apenas por bebês, tanto que a teoria do apego foi estendida aos relacionamentos adultos no final da década de 1980. E os relacionamentos que temos hoje, como adultos, muitas vezes são reflexo do relacionamento que foi desenvolvido conosco pelo cuidador principal, quando ainda éramos bebês e crianças.

A Teoria do Apego apresentada por Bowlby descreve 4 tipos de apego que poderão ser encontrados nas relações:

  1. Apego seguro
  2. Apego inseguro – ambivalente
  3. Apego evitante
  4. Apego desorganizado

A seguir, vamos explicar as principais características de cada um dos tipos de apego presentes na Teoria do Apego. Assim, você compreenderá as diferenças nas relações estabelecidas a partir de cada tipo de apego e seus impactos no desenvolvimento infantil. Continue a leitura!

Tipos de apego: entenda a diferença

O Apego Seguro é o tipo de apego no qual o cuidador principal é responsivo às necessidades da criança. Consistente em sua capacidade de resposta empática. Ele observa, identifica e atende assertivamente, sempre que possível, as necessidades da criança.

Nas relações de apego seguro os cuidadores estão sensíveis aos estados internos da criança, entendendo a real necessidade por trás de cada comportamento. Esse tipo de relação torna a criança mais integrada, coerente e segura, afinal a resposta recebida foi compatível com a necessidade apresentada. A resposta do cuidador é assertiva e seu comportamento previsível e consistente.

Já em uma relação de apego inseguro – ambivalente, o comportamento do cuidador principal não é previsível. Em algumas situações responde assertivamente, com empatia, porém em outras pode agir de forma não amorosa, ignorando as necessidades da criança.

Ou seja, há inconsistência nos cuidados e a criança fica angustiada com a separação e ambivalente com a reunião, refletindo o comportamento pouco previsível de seus cuidadores.

A relação de apego inseguro é estabelecida quando o cuidador limita o contato físico e o cuidado empático para com a criança. Elas, em função desse pouco contato com o cuidador, mostram-se pouco angustiadas quando há uma separação e não afetuosas quando se reencontram. Começam a negar o contato com o cuidador, se afastando, pois, esperar por essa proximidade na relação e não ter pode ser fonte de sofrimento.

Um ambiente doméstico muito caótico, desorganizado e inconsistente em relação ao comportamento dos cuidadores, constrói uma relação de apego desorganizado e inseguro. Neste relacionamento a criança mostra-se angustiada com a separação e com o reencontro, combinando os comportamentos resistente e evitável (desviando-se do contato com o cuidador). Uma criança em apego desorganizado e inseguro está em sofrimento.

A relação que construímos com nossos filhos terá aspectos de algumas das formas de apego, não apenas de apego seguro, pois como seres humanos, somos inevitavelmente falhos, especialmente quando fomos criados sob a tutela do autoritarismo.

Por isso, é importante que sejamos cada vez mais conscientes em nossa parentalidade, sabendo qual relação estamos construindo com nossos filhos e suas consequências. Precisamos buscar cada vez mais estarmos em uma relação de apego seguro, entendendo que a cada dia é uma nova oportunidade de reescrever nossas relações. Precisamos transformar o olhar para nossos filhos, tão frágeis e dependentes do nosso amor e equilíbrio emocional.

Você quer saber mais como funciona a teoria do apego? Entre em nosso blog e fique por dentro das notícias sobre apego seguro, educação positiva, educação parental, disciplina positiva, tipos de apegos, entre outros.

Assista também ao vídeo da Lívia Praeiro sobre o apego seguro:

 

Lívia Praeiro é Educadora Parental, especialista em sono infantil e fundadora da 8 Horas. Siga a 8 Horas no Instagram e acompanhe mais novidades.

 

Como funciona a disciplina positiva?

disciplina positiva educação parental apego seguro parentalidade positiva

Escolher a melhor forma de educar os filhos exige responsabilidade e pode ser um grande desafio para os pais. Entre as abordagens existentes (de severo a permissivo), a educação positiva e a disciplina positiva estão em destaque porque a ciência já comprova os benefícios desse novo olhar para as crianças. Toda a sociedade se beneficia com relações em que não existem atitudes punitivas e nem permissivas.

A disciplina positiva é uma filosofia que aposta na firmeza com gentileza nas relações com os filhos. Não utiliza de punições ou recompensas, pois tem como base o respeito mútuo e a comunicação não violenta. Assim visa, no longo prazo, desenvolver habilidades socioemocionais nas crianças.

A parentalidade positiva utiliza a educação positiva e o apego seguro, criando proximidade entre pais e filhos, por meio do amor incondicional, aceitando nossos filhos como são e contribuindo para o seu desenvolvimento cognitivo e intelectual.

Disciplina positiva Parentalidade positiva

A ideia da disciplina positiva é ensinar com base no respeito, empatia e gentileza, promovendo autonomia e estabelecendo limites (quando há questões de segurança envolvidas). Para a disciplina positiva todo comportamento tem uma origem e uma causa que deve ser investigada a fim de entender quais as necessidades não atendidas estão sendo comunicadas através dele.

Os comportamentos desafiadores apresentados pelas crianças são vistos como manifestações e convites para investigar o que não está bem em nós e em nossa relação com ela.

A disciplina positiva prega a “firmeza com gentileza”. Neste caso o adulto precisa ser firme na proteção da criança, quando ela está ameaçada. A medida da firmeza é muito complicada, pois pode se tornar fonte de controle do adulto para com a criança e perder seu propósito. Firmeza não é ficar controlando, é direcionar. A medida de gentileza (amor) é infinita, não tem medida.

A parentalidade positiva pressupõe que os pais estudem para sua função, conhecendo de desenvolvimento infantil e sabendo quais comportamentos esperar para cada idade. Assim é possível atender mais assertivamente às necessidades das crianças em cada momento específico.

Através da parentalidade positiva as crianças poderão tornar-se adultos íntegros, saudáveis e felizes. Esse estilo de criação contribui para a construção de um mundo melhor para todos, uma vez que essa criança será um cidadão emocionalmente saudável. O primeiro passo para conseguir se engajar nesse tipo de ensinamento é desconstruir a maneira como você foi educado na sua infância. Reconhecendo as necessidades (amor, respeito, conexão, diversão, dentre outras) que você teve quando criança e não foram atendidas.

Como aplicar a educação positiva?

Mas como aplicar a educação positiva? Bem, se você tem algumas dúvidas sobre o assunto, pode consultar um educador parental para te ajudar. A busca pelo apoio de um educador parental está se tornando cada vez mais normal. Este profissional apoia pais e familiares na construção de estratégias e ferramentas para lidarem com suas crianças e adolescentes.

A educação parental ensina, por workshops, palestras e, até atendimentos em domicílio, sobre os comportamentos desafiadores que crianças e adolescentes podem apresentar e como abordá-los. A começar pela extinção da violência verbal, as punições, entre outras atitudes violentas.

O que um educador parental faz? Em nosso YouTube você confere muitos conteúdos sobre o tema.

Educação parental Parentalidade positiva e apego seguro

Como falamos anteriormente, a parentalidade positiva, o apego seguro, a educação positiva e a educação parental trabalham em conjunto para que as crianças tenham uma educação respeitosa.

Através da educação parental, o profissional irá acompanhar a família, apoiando os adultos (pais e/ou cuidadores) a construírem um relacionamento mais amoroso e respeitoso para com as crianças. Esse profissional prepara a família para toda a infância, esclarecendo comportamentos esperados para cada idade e nivelando as expectativas dos pais.

Na educação parental, o objetivo é lidar com os adultos, tirando o foco da criança e do comportamento da criança. O educador parental, com seu olhar ampliado para todo o contexto familiar, auxilia os adultos a identificarem as questões que estejam impactando seu relacionamento com a criança. Entendem que seu comportamento é reflexo da relação entre ela e os pais.

O objetivo principal é utilizar essas filosofias como ferramentas de ajuda para melhorar a qualidade nas relações interpessoais, desenvolvendo estratégias saudáveis para melhor lidar com os comportamentos desafiadores dos filhos.

Com essa mudança de olhar para a criança e trazendo para nós a responsabilidade de mudanças, nos vemos mais aptos a agir de forma diferente, principalmente com o suporte da criação com apego, que ajuda no desenvolvimento do autoconhecimento, incentiva a propagação do amor incondicional nas famílias.

Para finalizar, quando os pais estão felizes, os filhos estão felizes. Pais e/ou cuidadores felizes se sentem mais capazes de lidar com os filhos e gerenciar situações desafiadoras, como adultos, sem ‘disputar’ nossas necessidades com a das crianças!

Gostou da publicação? Quer saber mais sobre educação positiva, disciplina positiva, apego seguro, parentalidade positiva e educação parental? Entre em nosso blog e siga as nossas redes sociais

Como educar com disciplina positiva?

inteligencia emocional infantil educação emocional

A disciplina positiva consiste em promover um saudável desenvolvimento dos nossos filhos desde uma perspectiva positiva. Apesar de sua origem nos anos 20, começou a ser divulgada apenas nos anos 80 através de Jane Nelsen (e outros autores, mas Jane Nelsen quem ‘batizou’ a expressão Disciplina Positiva) e possui fundamentos importantes para compreender melhor o comportamento das crianças e a forma de abordar sua atitude com o objetivo de guiar as crianças através de uma perspectiva positiva.

Você sabe os benefícios da educação positiva ou disciplina positiva? Elas focam no encorajamento da criança, mas isso não significa ser sempre otimistas, nem ignorar problemas ou mimar as crianças com elogios excessivos. Educação positiva, disciplina positiva e até o apego seguro nos dá ferramentas para  agir com consciência, discernimento e não colocar as nossas expectativas nos outros.

Mas como educar com a disciplina positiva? Como usar da educação positiva e do apego seguro para ajudar com a inteligência emocional infantil

Inteligência emocional infantil Educação parental

Para ajudar no desenvolvimento da inteligência emocional infantil temos que levar em conta uns pilares básicos. A primeira coisa vai ser aprender a identificar as próprias emoções e também temos que aprender a identificar as emoções que os outros estão experimentando.

Temos que aprender a controlar as emoções e para isso devemos encontrar o equilíbrio necessário. Saber o que acontece comigo, o que estou pensando e o que está fazendo com que me sinta dessa maneira para aprender a me controlar.

E educação emocional começa com o conhecimento dos sentimentos, o entendimento dos sentimentos e, em seguida, aprender a lidar com esse sentimento. Ela envolve relacionamentos e saber conviver um com o outro (e consigo mesmo). Envolve respeito, controle das emoções em situações diversas, concentração, superação, aceitação e motivação.

Educar com a disciplina positiva tem como objetivo encorajar crianças e adolescentes a tornarem-se responsáveis, respeitosos, resilientes e com recursos para solucionarem problemas da vida de forma segura. Ajuda a desenvolver a inteligência emocional infantil e ensina habilidades sociais e de vida.

Educação Emocional Disciplina positiva

Algumas pautas podem nos ajudar com a educação parental e a disciplina positiva:

  1. Coloque-se no lugar da criança

Entenda a criança, coloque-se no lugar dela e compreenda as razões de sua conduta. Se você conseguir descer a seu nível ficará mais fácil entender o que está acontecendo.

2. Pratique uma comunicação positiva

Ajude a criança a pensar, refletir e tomar decisões sobre seu comportamento. Se ela demonstrar uma conduta não adequada, procure conversar e, através de exemplos, explicar como atuar.

    3. Seja seu maior exemplo

Seja um exemplo para seus filhos. Ela irá se espelhar em você. As crianças costumam nos imitar em tudo o que fazemos. Se somos capazes de dar-lhes bons exemplos, ela aprenderá.

   4. Cumpra com suas promessas

Estabeleça os objetivos de conduta que quiser conseguir, envolvendo-a e elaborando um plano coerente e conciso para consegui-lo. A coerência é fundamental no processo de educação. Dizer uma coisa e não cumprir pode confundir a cabeça da criança e possibilitar que ela não consiga se comportar como o esperado.

   5. Pratique a comunicação ativa

Dialogue com a criança, permitindo-lhe explorar as consequências de suas decisões, utilizando o erro como fonte de aprendizagem, em lugar de gritos e castigos para que pague pelo seu erro.

Essas foram umas das dicas sobre a educação positiva. Quer saber mais sobre disciplina positiva, apego seguro, educação parental e inteligência emocional infantil? Entre em nosso blog

Fisiologia do sono: o que é e como melhorar o sono de bebês.

O sono é uma necessidade fisiológica básica para o crescimento do corpo, recuperação e revitalização física, amadurecimento cerebral, aprendizado e memorização. Quanto mais jovens maior a quantidade de sono, em média, que precisam, pois estão em fase de pleno desenvolvimento e aprendizado. Portanto entender a fisiologia do sono é o ideal para quem busca proporcionar uma boa noite de sono pros filhos.

Mesmo que cada criança recém-nascida tenha diferentes necessidades de sono, é importante que os pais conheçam um pouco da fisiologia e funcionamento do sono dos bebês.

O sono é um estado neurológico presente em todas as espécies animais superiores e suas funções ainda não foram completamente definidas. Dormir e descansar são ações diferentes, o descanso sem dormir não proporciona a mesma sensação de renovação que experimentamos após uma boa noite de sono.

A importância de um sono de qualidade

O sono tem uma relação direta com a saúde mental. Ele é essencial para o bem-estar neurológico e psicológico, além de desempenhar várias funções na regulação do organismo. O sono é determinante na regulação da homeostase, contribuindo para manter o equilíbrio do meio interno do organismo. Ele ajuda na restauração de tecidos, consolidação do sistema imunológico e secreção de hormônio do crescimento em crianças e adolescentes.

Uma boa noite de sono é também fundamental para armazenar e fortalecer novos conhecimentos e habilidades, bem como para consolidar o que é aprendido ao longo do dia. Como nos primeiros anos de vida é a fase em que o ser humano mais aprende é natural que também precise de mais horas de sono e que sejam de qualidade, para conseguir absorver as informações aprendidas e se desenvolver plenamente.

A privação do sono pode levar à exaustão, dano físico de tecidos corporais, disfunções no sistema imunológico, estresse e dificuldades no aprendizado. O hormônio do crescimento, responsável pelo crescimento físico de todo ser humano, é liberado principalmente durante os estágios do sono profundo. Uma disfunção séria no sono poderia levar à liberação insuficiente desse hormônio, comprometendo o amadurecimento corporal.

Veja também: O sono do bebê de 2 anos.

O comportamento de sono é diferente em cada bebê. A depender de como é vivenciado seu dia pode precisar de mais ou menos horas para se recuperar, absorver e materializar os aprendizados e estímulos apresentados. Para saber se o seu bebê dormiu o suficiente, observe seu comportamento durante as horas de vigília. Se ele demonstrar calma, facilidade de relacionar-se e de se manter em alerta, tudo vai bem. Caso contrário, pode ser que a quantidade e/ou a qualidade do sono não estejam suficientes. 

Algumas informações a respeito da fisiologia do sono que podem auxiliar os pais a se organizarem melhor e promoverem noites de sono de mais qualidade e consistência para seus filhos (e para os pais também!) serão apresentadas nesse texto.

Fisiologia do sono

O sono é um processo homeostático, ou seja, importante para o equilíbrio do organismo e manutenção da vida. Existem alguns fatores que auxiliam na regulação desse processo, dentre os quais destacaremos 3:

  • Melatonina;
  • Ritmo Circadiano;
  • Adenosina.

Quando é percebida pelos nossos olhos a redução da luz solar ao chegar à noite, essa informação é transmitida ao Núcleo Supraquiasmático, em nosso cérebro, que sinaliza a produção de melatonina pela glândula pineal. 

A melatonina é um hormônio produzido naturalmente pelo corpo humano e sua função principal é direcionar o início do fenômeno de sono, sinalizando ao organismo que está na hora de dormir, para que ele se prepare (regulando a respiração, temperatura e batimentos cardíacos, por exemplo).

Como sua produção está relacionada a ausência de luz, quando, após o pôr do sol, o organismo é exposto a luzes artificiais, especialmente luz azul, como de celulares, sua produção é postergada ou até mesmo inibida. Por isso ao entardecer é importante que tenhamos cuidado com as luzes acesas, televisões e celulares, tanto para os adultos e, especialmente, para os bebês e crianças. Caso seja necessária uma iluminação durante a noite priorize a luz vermelha para não interromper a produção da melatonina, pois sua ausência traz o organismo para o estado de vigília.

O ritmo circadiano é um ritmo biológico interno do organismo que tem duração de aproximadamente 25 horas, porém pode ser cadenciado com estímulos externos, sendo o principal deles o nascer e o pôr do sol. 

Além da luminosidade outros fatores influenciam o estado de sono e vigília (gatilhos de reajuste):

  • exercício físico
  • flutuações da temperatura
  • alimentação
  • atividade social

A falta de uma rotina pode levar a uma desorganização do sono devido a esses fatores, atrapalhando o organismo como um todo e prejudicando a saúde. 

O ritmo circadiano interfere na regulação da temperatura corporal e liberação de melatonina para induzir ao sono e de cortisol durante o dia para manutenção do estado de vigília.

fisiologia do sono do bebe de 2 meses no apego seguro

A adenosina é resultado da queima de energia pelo organismo e vai se acumulando ao longo do dia. Ela transmite ao organismo a sensação de cansaço e o induz ao sono. É uma pressão de sono que vai aumentando a cada minuto de vigília, por isso as sonecas são tão importantes para os bebês. Com as sonecas eles vão regulando a quantidade de adenosina no organismo para que consigam estar alertas e absorver conhecimento.

Outro hormônio importante de ser citado é o GH, o hormônio do crescimento. Ele é liberado à noite, durante o sono e tem seu pico de liberação antes da meia noite. Por isso é importante dormir cedo, para que o contato com esse hormônio seja maximizado.

Por que bebês despertam tanto?

O sono do ser humano está organizado em ciclos de sono REM (do inglês – rapid eye movement – movimentos oculares rápidos) e NREM (do inglês – non-rapid eye movement sleep – sem movimentos oculares rápidos), que vão se alternando ao longo da noite de sono.

Entre um ciclo e outro podem acontecer “micro despertares” (aquele momento em que acordamos para ir ao banheiro ou beber água, por exemplo), que são naturais, uma vez que são herança de nossos antepassados para a manutenção de nossa espécie. Os “micro despertares” existem para a que nosso cérebro faça uma varredura do entorno durante a noite e garanta a segurança. Caso seja detectada alguma ameaça, o cérebro desperta o organismo para que os mecanismos de luta ou fuga entrem em ação.

Acontece que, também por questões de sobrevivência da espécie, os bebês têm ciclos de sono mais curtos que a média de um adulto, portanto apresentam uma quantidade maior de “micro despertares”. Como são seres mais vulneráveis precisam de um suporte maior durante o sono e, portanto, despertam para garantir que estejam seguros e regulados (fome, sede, temperatura).

fisiologia do sono do bebe

O sono NREM é dividido em vários estágios e, dentre eles está o sono profundo, no qual o organismo reduz a frequência cardíaca e respiratória e tem sua recuperação fisiológica. As ondas cerebrais características são mais lentas e é o sono responsável por depurar e remover conexões neurais, acelerando o raciocínio, armazenando e fortalecendo novos conhecimentos e habilidades.

O sono REM é caracterizado por alta atividade cerebral (ondas cerebrais são similares às de quando despertos) e, portanto, quando neste ciclo pode-se despertar mais facilmente. É neste ciclo de sono que acontece o aprendizado em si, uma vez que nele acontece a interconexão entre o aprendido no passado e no presente. É o momento em que o cérebro dá sentido ao que foi vivenciado ao longo do tempo.

O início da vida de um ser humano é o período em que há mais aprendizado e, naturalmente, é esperado que bebês e crianças apresentem uma maior quantidade de sono REM, que é o sono mais leve. 

Pensando na biologia evolutiva é esperado que os bebês possam apresentar vários despertares, devido aos ciclos de sono mais curtos, os “micro despertares” para garantir a sobrevivência e quantidade maior de sono REM no início da vida.

Veja também: Como desenvolver o apego seguro?

Como auxiliar meu filho a dormir melhor? Preciso de um consultor de sono?

Primeiro, precisamos reforçar que os despertares são naturais e esperados, uma vez que garantem a sobrevivência da espécie. Sabendo disso, os pais podem atuar em 2 pilares: o fisiológico e o emocional.

O pilar fisiológico diz respeito ao equilíbrio dos hormônios no organismo ao longo do dia e a criar um ambiente que favoreça o sono. Devem ser observadas questões como as sonecas (quantidade e qualidade), criar um ambiente escuro (ou luz vermelha) e com controle de temperatura, umidade e ruídos (os ruídos de frequência controlada – marrom, rosa, ventilador… – são importantes para o cérebro não despertar durante o sono REM), evitar consumo de alimentos com cafeína (que é antagonista à adenosina) e viabiliar que o filho durma mais cedo.

O pilar emocional diz respeito à segurança e tem grande impacto na quantidade e duração dos despertares. Quanto mais seguro o ser humano se sente, melhor a qualidade de seu sono e isso é especialmente importante em se tratando dos bebês que são mais vulneráveis. Trabalhar o pilar emocional é construir com o filho uma relação de apego seguro, e para isso, é preciso garantir um sono seguro, física e emocionalmente. 

Uma relação de apego seguro é criada atendendo às necessidades básicas de proteção, proximidade, previsibilidade e diversão dos filhos. É importante ter ao longo do dia tempo de qualidade junto a eles, fazer cama compartilhada (a presença de um adulto responsável, preferencialmente a mãe, é que traz a eles a sensação de proteção), permitir que durmam em nosso colo ou seio caso necessitem, são meios para construir noites de sono mais tranquilas e revigorantes para todos. 

Leia também: Distúrbio do sono infantil – saiba identificar 

É muito desafiador atender às necessidades dos filhos e estar preparados emocionalmente para estar com eles durante a noite. É essencial buscar apoio de profissional que irá avaliar o cenário de toda família e auxiliar os pais na construção de dias e noites mais tranquilos.

Busque ajuda profissional em fisiologia do sono

O educador parental em sono infantil e apego seguro apoia a família, especialmente a mãe, a encontrar um caminho respeitoso para promover um sono de qualidade para a criança, construindo uma relação com mais respeito, amor e conexão.

É um profissional que, com olhar diferenciado para todo o contexto de relações familiares, auxilia os pais a identificar questões fisiológicas e emocionais que estejam impactando o sono (e a vida!) do bebê ou criança. 

Com sua abordagem respeitosa e empática esse profissional muda o olhar da família para a criança, trazendo consciência e informações que transformam vidas e constroem relacionamentos mais honestos e respeitosos.  

Os frutos desse novo olhar para a infância serão colhidos durante toda vida e por toda a sociedade, muito além da qualidade do sono.

Quer saber mais sobre o sono do bebê? Precisa de uma consultoria do sono? Entre em contato com uma de nossas consultoras (tem sempre uma perto de você) e saiba mais sobre apego seguro, disciplina positiva e fisiologia do sono.

Curtiu o assunto? No nosso Instagram falamos mais sobre como melhorar o sono de crianças, siga.