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Educação positiva – Como transformar a relação com seu filho

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Todos sabemos que educar um filho é uma grande responsabilidade e um grande desafio para os pais. Dentre as abordagens de educação, vamos falar da disciplina positiva e da educação positiva.

Sabe se que criando com apego, utilizando também a disciplina positiva, apostamos na firmeza, gentileza, respeito e amor para com os pequenos. E assim você ajuda no desenvolvimento da criança para que se tornem seres mais independentes promovendo uma relação com os pais com base em respeito mútuo.

Nessa publicação vamos falar sobre como transformar a relação com o seu filho através do apego seguro, parentalidade positiva e educação positiva.

Sono InfantilCriando com apego

Um dos pontos que podem melhorar a relação dos pais com os filhos, criando com apego, é com relação ao sono infantil. O sono infantil não é tão complexo de entender e a educação positiva e o apego seguro possuem ferramentas para ajudar a compreender o seu funcionamento.

A criação com apego zela pela autoestima, carinho, empatia e ajuda a desenvolver a autonomia da criança, além de transmitir segurança e independência. 

O sono infantil é um reflexo do dia e o estresse pode atrapalhar o sono do bebê. As crianças se estressam bastante, principalmente por elas ainda não saberem lidar com certos tipos de sentimentos: com suas necessidades básicas não atendidas (muitas vezes são respondidas, mãs os pais não são assertivos, não entendem exatamente o que o bebê precisa). Mas estas necessidades compreendem fome, frio, calor, necessidade de contato, de troca emocional… Às vezes as crianças estão estressadas e nem imaginamos que isso está acontecendo ou pode acontecer.

Como falamos em outra publicação, é de extrema importância saber que o ciclo de sono do bebê recebe influências biológicas, ambientais e sociais. Conhecer as peculiaridades de cada fase norteia as expectativas dos pais, permitindo fazer ajustes de hábitos. A evolução da rotina do sono é um processo que exige mais tempo do que treinamento.

Quer saber mais sobre o sono infantil e criação com apego? Veja nesse link.

Disciplina positiva – benefícios

O principal objetivo da parentalidade positiva é fazer com que a criança perceba seus limites,  através do respeito que seus pais têm por seus limites infantis. Uma criança educada através da parentalidade positiva e do apego seguro se torna um adulto organizado emocionalmente, com autoestima e, consequentemente, capaz de entender as necessidades dos outros. Ele se torna um ser humano mais empático. Na verdade, devolve para o mundo aquilo que recebeu.

Como falamos, o respeito, empatia, gentileza, autonomia e limites são pontos que a parentalidade positiva promove. E o primeiro passo para seguir esse tipo de ensinamento é desconstruir a maneira como você foi educado na sua infância.

A disciplina positiva está cada vez mais em uso e ela ajuda os pais e familiares a recorrer a estratégias e desconstruir crenças para lidarem com suas crianças e adolescentes.

Com a mudança na maneira de educar os pais se veem mais aptos a agir de forma diferente, principalmente com o suporte da criação com apego, que ajuda no desenvolvimento do autoconhecimento e incentiva a propagação do amor verdadeiro dentro das famílias.

Quer saber mais sobre disciplina positiva, criando com apego, parentalidade positiva e sono infantil? Veja em nosso blog.

Parentalidade positiva – Como aplicar a disciplina positiva?

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A parentalidade positiva é a tomada de consciência com relação às responsabilidades e comportamentos para melhorar a convivência com os filhos e para auxiliar no crescimento e estimulação do desenvolvimento da criança. Aplicada junto a educação positiva, significa respeitar a integridade da criança enquanto um ser único e independente.

A educação positiva preconiza o uso da não violência entre pais e filhos. É baseada em respeito mútuo e sua base é o respeito com os filhos no que se diz respeito à humanidade. Antes de ser um filho, ele é um ser humano.

Nessa publicação vamos falar um pouco mais sobre a parentalidade consciente e positiva. 

Criando com apegoDisciplina positiva

Criar com apego é uma maneira de ajudar no desenvolvimento das crianças tornando-as felizes e contribuindo para que elas saibam lidar com as situações adversas da vida de forma independente.

A forma com que as pessoas escolhem educar seus filhos vai definir como eles vão ser quando adultos. A educação positiva, criando com apego, ajuda no desenvolvimento da criança e isso vai refletir positivamente quando a criança for adulta. A parentalidade consciente preza pela educação gentil e firme com os filhos. Ajuda as crianças a se comunicarem além dos comportamentos, desenvolvendo responsabilidade pessoal. E consequentemente cooperação e habilidades de resolução de problemas.

A parentalidade positiva pode influenciar de várias maneiras na vida da criança. Fatores como o sono infantil, autoestima, confiança, entre outros, são pontos que a parentalidade consciente positiva desenvolve ou garante a integridade (você sabia que a autoestima pode ser destruída através de nossas ações desde o nascimento? E que o ‘desenvolvimento’ dela é infinitamente mais difícil de ser promovido?)

Tomando esses fatores como base e pensando nas necessidades das crianças em cada uma das suas fases de desenvolvimento é o foco da parentalidade positiva. É importante prestar atenção nas necessidades das crianças particularmente até os 7 anos de idade, que é um período de maior vulnerabilidade e dependência face aos seus cuidadores.

A disciplina positiva consiste no equilíbrio entre as formas de educar. Não é permissiva e nem rígida, ensina a ser gentil e firme ao mesmo tempo. Acabar com a rigidez e a punição em um lar não consiste em deixar o filho fazer o que quiser, mas em garantir o respeito mútuo. 

O importante é estreitar os laços com os pais e ter um suporte para aprimorar o comportamento diante do mundo.

Parentalidade consciente – Parentalidade Positiva

É importante frisar que as trocas afetivas entre pais e filhos e a sensibilidade dos pais para interpretar as necessidades da criança são funções fundamentais na parentalidade consciente positiva. É importante que os pais saibam responder a essas necessidades com autenticidade e coerência.

O apego seguro se baseia no entendimento dos pais quanto às necessidades da criança. Entender suas necessidades são prioridades. Porém, é importante que os pais também saibam interpretar suas próprias necessidades para poderem atender a necessidade dos filhos, o que gera um equilíbrio saudável, com consciência da fragilidade da criança, da real dependência e expectativas reais também em relação às demandas naturais da criança.

Outro ponto importante é a ligação da disciplina positiva desde os primeiros anos de vida da criança. É importante conectar-se com sua família, comunidade e escola, pois ao fazer isso a tendência é que a criança apresente menos comportamentos inadequados com o tempo, uma vez que sempre foi respondida segundo suas necessidades. Do atendimento à dependência, constrói-se a autonomia.

Educar com recompensas e punição não cria adultos bem-sucedidos. Punir gera rancor e a recompensa pode gerar incapacidade e sensação de menos valor, uma vez que é corrompida suas necessidades para atender a necessidade dos pais. 

Quer saber mais sobre parentalidade positiva, disciplina positiva, criando com apego e parentalidade consciente? Entre em nosso blog.

Educação Positiva – o que significa disciplina positiva?

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Em outras publicações já falamos um pouco sobre a disciplina positiva e a parentalidade positiva. Sabemos que a parentalidade positiva aposta na firmeza com gentileza na educação dos filhos, sem punição, castigo ou recompensa.

Educar pode ser um grande desafio e muitas pessoas costumam agir por tentativa e erro, repetindo padrões que lhe foram passados em sua infância, ‘buscando na memória’ lembrar como aqueles que cuidaram de nós durante nossa infância reagiriam diante de determinadas situações. Na verdade, muitos pais se tornam pais sem curar a criança que foi (ou entender/perceber quais violências vivenciou) e isso pode dificultar bastante a relação com os filhos que estão sob sua responsabilidade e cuidado.

Disciplina Positiva Parentalidade Consciente

A educação positiva é uma filosofia que tem como fundamento a criação com gentileza, sem punição, castigo ou recompensa. Se a gente aprofundar no tema, chegamos a uma reflexão sobre nossa própria criação e alguns paradigmas enraizados. Acontece que é normal repetirmos o que recebemos dos pais ou o que a sociedade prega que deve ser feito.

Os relacionamentos se moldam por automatismo, ou seja, por comportamentos inconscientes que nos foi ensinado de geração em geração. Na educação dos filhos, a abordagem da disciplina positiva defende o equilíbrio e o respeito mútuo, diferente das práticas dominantes e tradicionais.

Os principais pontos que diferem a educação tradicional de uma educação respeitosa são:

Com relação ao comportamento:

Tradicional – as crianças respondem quando recebem recompensa ou punição, conforme seu comportamento x expectativa do adulto.

Disciplina positiva – os pais procuram desenvolver cooperação através do senso de aceitação (conexão) e importância (significado) no seu contexto social.

Ferramentas:

Tradicional – Controle, recompensas e punições.

Disciplina Positiva empatia, entendimento da perspectiva da outra pessoa, colaboração na resolução do problema.

Esses foram alguns exemplos de práticas adotadas no modelo tradicional e no modelo da parentalidade consciente e parentalidade positiva.

A disciplina positiva prega que todas as ações com os filhos sejam pautadas pelo respeito mútuo. O relacionamento não pode ser como um pêndulo, quando se é apenas firme ou apenas gentil.

O equilíbrio é importante. Se você for apenas firme, só trará perspectiva de suas próprias necessidades, sendo a ordem a questão mais importante. Esse comportamento pode te levar a um lugar de controle, chamado modelo parental autoritário.

Se você for apenas gentil, você não vai passar limites seguros. Esse modelo, conhecido como parental permissivo, só há foco na criança. Ela pode fazer o que quiser e acaba se sentindo abandonado ou superestimado, uma vez que decide ou escolhe sem se sentir preparado para esta responsabilidade. Aqui, as necessidades das outras pessoas são ignoradas e a criança é sobrecarregada, pois esperam que ela tenha uma maturidade ou capacidade incoerentes com sua idade.

Parentalidade conscienteEducadora parental

Como falamos anteriormente, o equilíbrio entre as práticas é importante. Se você sente que sua relação com seu filho é ‘solta’, a relação fica sem  conexão e respeito. Se você for muito firme, passa a ignorara as necessidades de quem mais ama em prol de regras e deveres, trazendo consequências para uma vida inteira.

O caminho que buscamos compartilhar é aquele que considera que a criança sempre está passando por desafios e precisa de pais atentos e empáticos. Ela precisa do seu apoio, colo e de validação de sentimento – e trazer o respeito a você para que a situação seja resolvida com limite seguro.

Não tem uma receita para fazer isso corretamente, pois cada família é diferente uma da outra, mas existem ferramentas que ajudam a entender que tipo de relação temos construído e desenvolver um relacionamento saudável. 

Quer entender mais sobre educadora parental, educação positiva, disciplina positiva, parentalidade positiva e parentalidade consciente? Entre em nosso blog.

 

Comunicação Não Violenta – conheça os benefícios

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A comunicação não violenta (CNV) propõe uma nova forma de expressar nossos desejos e necessidades, optando por um caminho conciliador e pacífico. Essa linha de pensamento tem apoio em pesquisas e experiências do idealizador, o psicólogo Marshall Rosenberg, que vivenciou os benefícios de investir em uma comunicação mais empática (o que não necessariamente significa uma comunicação amorosa, que pode manipular ao invés de observar e respeitar o outro).

Sendo assim, a CNV vem sido colocada em prática desde a década de 1960 e o trabalho do pesquisador ganhou relevância ao tornar escolas americanas receptivas a brancos e negros, ajudando a combater a segregação racial. Bem, a comunicação não violenta é um modo de expressar que prioriza o fortalecimento de laços e a continuidade de bons relacionamentos pessoais

A CNV não é, ou pelo menos não deveria ser, algo complexo e cheio de regras. E nesse blog vamos discutir mais sobre como tornar esse tipo de comunicação parte do nosso dia a dia.

Bora?

Comunicação não violenta – De dentro para fora

Comunicação é um ato de repartir, distribuir. Portanto precisamos estar atentos ao que propagamos quando nos comunicamos com outras pessoas, pois podemos nos conectar com ou desconectar delas.

Desse modo, comunicação não violência tem como propósito não causar danos ao outro. Pode estar em algo que dizemos ou fazemos; ou em algo que não dizemos ou não fazemos. A violência em nossa comunicação pode estar em algo que não foi dito e promover a desconexão do outro conosco. 

Podemos nos comunicar de maneira violenta mesmo utilizando um tom de voz suave e amoroso, manipulando o outro para atingir algum objetivo ou resultado que seja interessante para nós.

Como praticar a comunicação não violenta?

Para começarmos a praticar a comunicação não violenta precisamos pensar primeiramente em como nos comunicamos conosco.  Para depois conseguir verdadeiramente nos comunicar com o outro de forma não violenta.

Afinal, é importante nos perguntar o quão violentos somos conosco? Criticando, julgando e violentando a nós mesmos em pensamentos, falas e discursos (internos e com outras pessoas). Por isso, precisamos praticar conosco primeiro e, para isso, é necessário praticar o autocuidado e autoconhecimento. Assim incorporamos verdadeiramente a CNV e ela se tornará mais fácil de ser colocada em prática. Quando geramos em nós desamor e desrespeito é isso que transparecerá em nossa fala. 

Para a prática da CNV é primordial termos consciência de como nos comunicamos conosco e depois com o outro. A ideia por trás da comunicação não violenta é comunicar de maneira clara nossas próprias necessidades e observar, através da comunicação do outro as necessidades que estão por trás. Porém, como constantemente não nos observamos ou identificamos nossas necessidades,  como é possível expor nossas necessidades e comunicá-las ao outro? Como identificar a necessidade do outro? Por isso o autoconhecimento é um caminho essencial para praticarmos a CNV em nosso dia a dia de maneira mais fluida e sem grandes esforços.

Autocuidado e auto-observação são o caminho.

Não tem como nos comunicarmos de maneira assertiva sem auto-observação. Se não atendemos nossas necessidades, usamos nosso poder sobre o outro, gerando violência. Esperamos que o outro responda às necessidades que nós mesmos sequer identificamos. E isso leva a uma desconexão conosco e com o outro. Quando conseguimos nos observar, aí sim conseguimos observar verdadeiramente o outro. Quando anulamos nossas necessidades, não as enxergamos esperamos que o outro, especialmente nossos filhos as atendam, assim acabamos anulando as necessidades de nossos filhos, perpetuando o ciclo de violência transgeracional.

Portanto precisamos sempre nos questionar: O que está por trás de nossos comportamentos? O que precisamos de verdade? Quais necessidades não observamos? Cansaço, fome, preocupação, ansiedade, medo…A ideia não é modificar e manipular o outro para conseguirmos o que precisamos, mas nos observarmos para atender nossas próprias necessidades, tirando do outro essa responsabilidade e tornando a comunicação mais leve e, consequentemente, menos violenta.

Inteligência emocional na comunicação não violenta

Para a comunicação não violenta funcionar, é fundamental seguir os seus pilares. Sendo assim, a técnica é baseada em competências de linguagem e comunicação que auxiliam na reformulação da forma como cada pessoa se expressa e ouve os demais.

A CNV mostra que as respostas a estímulos comunicacionais deixam de ser automáticas e repetitivas e passam a ser mais conscientes e baseadas em percepções do momento. Por meio da observação de comportamento e fatores que têm influência sobre cada um.

Para que a comunicação não violenta ocorra, é necessário se concentrar em quatro componentes:

Observação

É preciso observar o contexto em que a comunicação se insere, sem criar um juízo de valor, separando o que observamos daquilo que avaliamos ou julgamos. 

Sentimento 

Observar o que estamos sentindo ao receber a comunicação do outro, nos vulnerabilizando verdadeiramente para conseguirmos resolver os conflitos. É importante nomear o que se sente, por exemplo, mágoa, medo, felicidade, raiva, entre outros, trocando o “o que eu acho” por: “como eu me sinto realmente”.

Necessidades 

Uma vez observado o sentimento que veio à tona com a comunicação, é preciso observar quais as necessidades não atendidas estão por trás. Quando, o que expressamos em nossa comunicação, é nossa necessidade REAL, as chances de sermos atendidos aumenta significativamente.

Pedido 

Por fim, identificados os sentimentos e necessidades, é importante fazermos o pedido de forma clara e positiva, em forma de uma afirmação. E caso tenha dúvidas se o receptor entendeu o que foi dito, peça a ele para repetir o que entendeu.

Esses 4 passos são importantes, mas sempre utilizados em conjunto com a auto-observação e autoconhecimento, para que não retornemos aos automatismos e violências. É preciso ressaltar que esses passos são internos, não um modelo de construção de frase e que a CNV não deve ser resumida neles.

A comunicação não violenta reside no espaço entre o estímulo e a resposta, ou seja, no espaço entre a informação que recebemos e como reagiremos a ela. Essa pausa é imprescindível para sairmos da nossa resposta automática. Quando entendemos que a CNV se inicia primeiro em nós, em como nos comunicamos conosco, esse espaço, pausa, significa liberdade: se somos reativos na comunicação somos carentes de liberdade (em relação a nós mesmos: de nos julgar, nos criticar, nos violentar). O espaço nos permite assentar, assimilar e ser mais assertivos ao nos comunicar, não cedendo aos automatismos dos gatilhos gerados na comunicação.

mulher segurando autofalante enquanto faz sinal de parar com a mão em uma postagem sobre comunicação não violenta

O que significa a NÃO VIOLÊNCIA?

A não violência significa que não existem inimigos, quando vemos que o outro não faz nada para nos desorganizar emocionalmente. Esses gatilhos, a desorganização é nossa: nós que permitimos (ou não) que o outro nos desorganize. Significa também um estado mais elevado de viver no qual conseguimos verdadeiramente expressar o amor. Portanto, quando praticamos a CNV em sua essência, de dentro para fora de nós, nossos inimigos nos devolvem amor. 

Pois, ao compreendermos que nós permitimos que o outro nos desorganize, a depender de nossas próprias necessidades não atendidas, conseguimos nos organizar e reconhecer nossas próprias dores e limitações. Quando tratamos nosso “inimigo” com amor e, nesse estado mais elevado, eles “viram” nossos amigos.  Pois, nossos inimigos nada mais são que aqueles que nos mostram algo que nos incomoda e somos nós que os colocamos nesse lugar. Precisamos sempre ter em mente que a violência do outro é sobre a dor do outro e não sobre nós.

Como respondemos às situações depende do nosso estado e não do que o outro fez ou deixou de fazer efetivamente. Por exemplo: quando temos um encontro com um amigo e a ele se atrasa, podemos criar diversos cenários no qual o amigo não nos respeita, não tem compromisso, dentre outros e alimentar em nós o sentimento de raiva. Ou podemos aproveitar o tempo de atraso para colocar outras atividades em dia, ler um trecho de livro ou ouvir música e, quando o amigo chegar, estaremos bem e prontos para sermos mais amorosos.

Empatia é a chave

A comunicação não violenta assume que todos compartilham necessidades humanas básicas, e que cada uma de nossas ações são uma estratégia para atender a uma ou mais dessas necessidades. É através dessa abordagem que podemos enxergar de maneira empática, as necessidades e dores das pessoas que nos relacionamos, uma vez que permitimos que o outro nos entenda e mostre o que está acontecendo dentro dele.

Todas as nossas ações envolvem a tomada de consciência interna (do que está acontecendo dentro de você) e externa (o que está acontecendo com o outro) e depois disso, tentar resolver o que precisa ser resolvido dos nossos conflitos. Já falamos dos passos a serem observados na CNV e isso é importante para que tenhamos conversas mais saudáveis e menos agressivas.

A auto-observação é o primeiro passo. Observe suas ações ou falas e observe também o próximo. Preste atenção como suas palavras e ações impactam no outro, gerando conflitos. Após observar os pontos de conflito, volte para si mesmo e identifique os sentimentos que estão sendo aflorados dentro de você a partir das atitudes da outra pessoa.

Depois, identifique as necessidades geradas pelos sentimentos. Se sentiu frustrado? Qual necessidade que não foi atendida e que gerou essa frustração? E, por fim, atenda às nossas necessidades e faça um pedido deixando claro as necessidades que desejamos que sejam atendidas.

Quando falamos sobre fortalecimento de laços e de bons relacionamentos, também estamos nos referindo a educação positiva e a criação com Apego Seguro. Ambos os conceitos preconizam a comunicação não violenta e tem o objetivo considerar e relacionar com todos de forma respeitosa, observando e atendendo necessidades.

Educação positiva e comunicação não violenta

A comunicação não violenta tem como propósito criar uma qualidade de conexão de forma que as necessidades de todos sejam atendidas de forma compassiva, que é também a base para uma relação de Apego Seguro. E o olhar compassivo vem de um olhar compassivo conosco.

Quando vivenciamos diariamente a autocrítica, geramos em nós: ansiedade, predisposição à depressão, compulsões, automutilação, autodestruição. Se não aprendemos a atender nossas necessidades, nos mantemos no ciclo de violência. E isso se manifesta em nossa comunicação com nossos filhos. É importante nos conhecer, amar e cuidar para nos conectarmos com nossos filhos. Eles percebem o desamor em nossa fala, mesmo que falemos de maneira carinhosa. Eles percebem nossas manipulações e inverdades. Por isso o autoconhecimento e o autocuidado são imprescindíveis para nos relacionarmos com nossos filhos de forma honesta, carinhosa e verdadeiramente respeitosa.

Veja também: o que é educação positiva?

Quando praticamos a autocrítica estamos desconectados de nossa própria vulnerabilidade e da do outro. Se não podemos errar, os outros (nossos filhos) errarem é inaceitável. E nossa linguagem torna-se automática e violenta para com eles: comparando, julgando, criticando, diagnosticando ou colocando rótulos:  chorão, burro, preguiçoso, inteligente, bonzinho, bagunceiro…não conseguimos observar suas necessidades.

É urgente priorizarmos não violentar. Buscarmos criar qualidade de conexão para que as necessidades de todos sejam satisfeitas de maneira afetuosa, nossas e de nossos filhos, praticando uma linguagem consciente e compassiva. Precisamos extrapolar, buscar compreender o que foi dito, o que está por trás de cada comportamento de nossos filhos, gerar conexão com nossa experiência e com a deles. E para que isso seja possível, é necessário termos cada vez mais autoconsciência e autorregulação, aprendendo não apenas a identificar os sentimentos e necessidades, mas lidar com eles de forma saudável. Dessa forma nos tornamos referência de inteligência emocional para nossos filhos, os ensinando na prática e conseguiremos ser apoio quando eles precisarem de regulação emocional.

Quando não observamos e atendemos nossas necessidades, não observamos e atendemos a de nossos filhos e elas são suprimidas, se transformando em desejos e gerando vazios emocionais. E, quando adolescentes e adultos, buscamos que o outro preencha esses vazios e atenda nossas necessidades, levando a compulsões e vícios e perpetuando o ciclo de violência transgeracional.

A comunicação não violenta (CNV) é sobre nós.

A CNV trata-se de identificar nossas necessidades, para sermos claros a respeito delas em nossa comunicação e assim conseguirmos também enxergar e atender as necessidades do outro, de nossos filhos. É um modelo de consciência: de mim e do outro.

Ao praticarmos verdadeiramente a CNV, conseguimos “limpar” a mensagem de ruídos, observando e escutando os sentimentos e as necessidades que o outro quer me comunicar e que eu quero comunicar ao outro. Dessa forma, mesmo quando se comunicarem conosco de maneira violenta, conseguiremos retribuir com acolhimento e amor. Devolvemos ao outro a humanidade.

Quer saber mais sobre comunicação não violenta, disciplina positiva, parentalidade positiva e inteligência emocional? Entre em nosso blog.

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Como aplicar a disciplina positiva?

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Escolher a melhor forma de educar os filhos exige responsabilidade e pode ser um grande desafio para a família. De um lado, uma postura mais severa e punitiva e, do outro, a mais complacente e permissiva em relação às vontades e atitudes dos filhos. Com base nessas duas “vertentes” educacionais, viemos falar mais sobre a disciplina positiva e a parentalidade positiva.

A parentalidade positiva não tende aos extremos. A disciplina positiva é uma forma de educar que busca equilíbrio, estabelecendo limites firmes e, ao mesmo tempo, incentivando a liberdade e a autonomia da criança.

A educação parental positiva é tão importante quanto a teoria do “criando com apego” e as consequências são benéficas para a formação dos filhos e vamos falar disso nessa publicação.

Parentalidade positiva na Educação Parental

A parentalidade positiva na educação parental é uma forma de educar em que várias pessoas já estão ficando adeptas. Isso se dá pela preocupação pela formação integral dos filhos. O objetivo da educação positiva é educar com foco no afeto, compreensão, respeito mútuo e aprendizado mútuo.

A educação positiva tem como princípio uma educação mais gentil e firme com os filhos. Ela ajuda as crianças a se comunicar além dos comportamentos desafiadores e ensina-lhes autodisciplina, responsabilidade, cooperação e habilidades de resolução de problemas, uma vez que todo o entorno age desta forma.

Ela consiste em não ser permissivo, nem rígido. Ensina a ser gentil e firme simultaneamente. Acabar com a rigidez e a punição em um lar não consiste em deixar o filho fazer o que quiser, mas sim em fortalecer a responsabilidade pessoal, que tem reflexos na responsabilidade social. Conforme a disciplina positiva, quando as crianças se sentem vistas, respeitadas, elas se sentem mais fortalecidas: os laços com os pais, crescem e seu comportamento perante o mundo, é responsável e ético.

Critérios para uma Disciplina Positiva

Existem quatro critérios para uma disciplina positiva efetiva:

  1. Seja respeitoso com seu filhos: trate-o como trataria seu melhor amigo.
  2. Ajude as crianças a desenvolverem um senso de aceitação e de importância, se sentindo aceito e importante.
  3. Entenda que a relação baseada no respeito é efetiva a longo prazo, ao contrário da punição, por exemplo, que funciona a curto prazo.
  4. Ensine habilidades de vida valiosas na formação de um bom caráter, como respeito, preocupação com os outros, resolução de problemas, responsabilidade, contribuição e cooperação.

Não podemos esquecer que crianças são crianças. Portanto, pensam como crianças e seus cérebros estão em desenvolvimento. Precisam muito do apoio dos adultos no ajustamento do seu comportamento e regulação das emoções, e não serem criticadas. Serem vistas como crianças que são. Tudo isso, emparelhado com a criação com apego, ajuda a criança a ter independência e tomar suas próprias decisões. No início da vida, isso pode ajudar muito no sono infantil e no comportamento perante a introdução alimentar, alimentação, desfralde, etc.

Como trabalhar a disciplina positiva na rotina?

Um dos pontos principais para trabalhar com a disciplina positiva no dia a dia é saber como aplicá-la assertivamente, desde os primeiros anos de vida. 

A ideia central é conectar a criança com sua família, comunidade e escola, pois ao fazer isso a tendência é que a criança apresente menos comportamentos inadequados. Os pais têm que substituir os métodos punitivos, como broncas, gritos e castigos. Além dos métodos de oferta de recompensas onde o filho é recompensado com algo para fazer o que lhe foi solicitado. Desse modo, utilizar métodos que passem por um olhar atento ao que comunicam através de seu comportamento, entendendo a melhor maneira de responder às necessidades dos nossos filhos com assertividade.

Ao contrário do que muitos pais pensam, o punir ou ofertar recompensar não cria adultos bem-sucedidos. Punir gera rancor e a recompensa pode gerar um círculo vicioso, no qual a criança não se comporta ou não percebe seu valor, porque compreende e aprende que ao se comportar ganhará algo em troca.

Quer saber mais sobre a disciplina positiva, parentalidade positiva, sono infantil e educação parental? Entre em nosso blog.

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