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Como desenvolver o Apego Seguro com meu filho

Como desenvolver Apego Seguro com meu filho

Como desenvolver o Apego Seguro? Essa é a dúvida prática dos pais que começam a se interessar pela Teoria do Apego, desenvolvida inicialmente por John Bowlby.

O Apego Seguro é uma relação de amor e empatia. Entre pais e filhos, essa relação começa a ser estabelecida a medida que o pai e a mãe respondem assertivamente às necessidades do filho. É uma relação que nasce de forma não verbal, quando o bebê se conecta com o toque, com as expressões faciais e corporais, bem como com o tom de voz de seu cuidador.

Numa relação de Apego Seguro o bebê está a todo momento sendo estimulado por esse cuidador, por meio de uma comunicação não verbal. Assim, percebendo o toque carinhoso, a expressão interessada e amorosa e o tom de voz reconfortante, começa a ser desenvolvida essa relação de amor. É dessa forma que o bebê se sente amado, percebido e seguro.

Nesse texto você encontra dicas para desenvolver o Apego Seguro com seu filho. Boa leitura!

Desenvolver o Apego Seguro é criar conexão!

Não é possível esconder nossas emoções de um bebê. Ou seja, não podemos nos forçar a um estado emocional em que não nos encontramos, pois os bebês enxergam a nossa verdade e o estado emocional real do ambiente em que estão.

Eles não se conectam com a maneira que nos mostramos para o mundo, para as outras pessoas. Os bebês sentem nossa frieza, nossa desconexão, nosso entorpecimento emocional. Mas estamos tão acelerados e tão sobrecarregados que não conseguimos mais parar e sentir. Sentimos tanto que escolhemos não sentir nada e entramos nesse entorpecimento emocional.

E desse lugar de desconexão conosco, fica impossível nos conectarmos com nossos bebês. Por isso, não conseguimos nos relacionar com eles. Os bebês sentem que nosso toque não é um toque de amor, percebem nosso estado emocional real através de nossas expressões e tom de voz. Assim, por meio dessa relação não verbal, eles sabem que não estão sendo vistos, que não estão sendo amados.

Quando estamos estressados e entorpecidos emocionalmente, não fazemos a troca de olhares com os bebês. Quando estamos desconectados não conseguimos sequer sustentar o olhar puro e amoroso dos bebês.

Eles podem estar o tempo todo no colo, sendo amamentados e até vivenciando a cama compartilhada conosco que a resposta que esperamos em relação ao seu comportamento, seja referente a sono, choro ou outras demandas, não virá. Isso ocorre porque não estamos emocionalmente conectados através do toque, expressão e tom de voz.

E eles sabem disso, eles sentem nosso desamor, nossa desatenção e a nossa pressa. Precisamos nos organizar emocionalmente para ser possível organizá-los e atendê-los. Esse é um dos pilares mais importantes para desenvolver o Apego Seguro com seu filho.

Neste vídeo, a Lívia Praeiro, Educadora Parental, especialista em sono infantil e fundadora da 8 Horas, fala um pouco mais sobre como desenvolver o Apego Seguro em uma relação com os filhos. Assista:

Como ter uma relação de apego seguro com meu filho?

Para desenvolver o Apego Seguro, o cuidador deve ter interesse e curiosidade genuínos pelo bebê, observando-o verdadeiramente. Não somente para entender o que ele está comunicando nos momentos de choro, ou quando ele se sente desconfortável, mas para começar a conhecer esse bebê em toda sua plenitude. Como esse bebê interage e conhece o mundo e todos a sua volta? Como é a maneira que ele toca e se expressa?

Dessa forma tem-se uma investigação mútua: assim como o bebê tem latente nele essa busca por toque, expressão e tom de voz, os cuidadores devem ter essa mesma observação. Ou seja, a busca pelo toque do bebê, por suas vocalizações e pelo seu olhar, conhecendo e entendendo cada manifestação sua, desde seus primeiros dias de vida.

O bebê nasce completamente aberto para o mundo. Ele acredita que tudo que precisar será prontamente oferecido, assim como era no ventre materno. Quanto mais troca de olhares e toques verdadeiramente amorosos, com intimidade e honestidade emocional por parte do cuidador, mais o bebê se sentirá seguro e o buscará, elegendo-o como o principal e tornando-o foco de sua investigação.

É imprescindível, portanto, que exista a figura do cuidador principal para o bebê, uma vez que, se ele está aberto para o mundo, a interação com vários cuidadores prejudica esse processo de investigação mútua, impedindo que haja a criação de uma relação com vínculo.

A importância da figura do cuidador principal

Com diversos cuidadores dividindo a atenção desse bebê, a cada momento ele tem um estímulo, um toque, uma voz, uma expressão, um corpo diferente; atrapalhando essa conexão, impedindo que ele identifique quem é o cuidador principal, quem o apoiará e será seu porto seguro.

Mesmo o bebê conhecendo intimamente a figura da mãe, sentindo o ser que o gestou, identificando seu toque, tom de voz, ritmo cardíaco e respiração como ninguém. Por isso, ele elege a mãe, preferencialmente, como seu cuidador principal. Mas quando há intervenção de vários cuidadores, ele se sente perdido e se desorganiza emocionalmente.

Enquanto a mãe está com o bebê nesse processo de construção de intimidade emocional, com interesse, curiosidade e investigação mútua, caso sejam a todo momento interrompidos por outros cuidadores, essa investigação, essa pesquisa infantil é perdida.

A inibição constante desse reconhecimento torna impraticável a criação da conexão, do vínculo verdadeiro entre a mãe e o bebê e, quanto mais ela é afastada desse bebê, desse processo, mais demorada é a criação de uma relação de Apego Seguro, na qual o bebê sabe que todas as suas necessidades estão sendo identificadas e prontamente atendidas por um cuidador que o conhece intimamente e o busca verdadeiramente.

Para criar e sustentar uma relação de Apego Seguro é importante a mãe se dedicar ao cuidado do bebê e é necessário que todos percebam a importância do vínculo entre eles, trabalhando para viabilizar sua criação.

É urgente que toda sociedade entenda a necessidade de proteger essa mãe das demandas do mundo, da casa, profissionais e de outras que tirem seu foco do bebê, a fim de que ela consiga estar inteiramente presente para ele.

O isolamento emocional permitirá que mãe e bebê se conectem verdadeiramente, se conheçam intimamente e aconteça o que em algumas literaturas é conhecido como “fusão emocional”.

E é essa relação de Apego Seguro, criada desde seus primeiros dias, que será referência para toda a vida desse bebê, pavimentando a estrada de um futuro mais respeitoso, amoroso e cooperativo não somente para ele, mas para toda sociedade.

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Mitos sobre Apego Seguro

Apego Seguro é uma necessidade humana, não uma escolha

Você já deve ter se deparado com muitos mitos sobre apego seguro. Como, por exemplo, muitos pensam que para desenvolver uma relação de Apego Seguro com nossos filhos é necessário abrir mão de si, de suas necessidades, em prol da criança. Acreditam que significa que é preciso deixar o trabalho, abandonar o parceiro, renunciar atividades que são gostosas, nutritivas e importantes para si em função da criança, porque demanda tempo desenvolver uma relação de Apego Seguro. Mas, isso não passa de um dos mitos sobre apego seguro.

 A maioria dos pais pensa que ao se doar para os filhos, dedicando seu tempo a eles e atendendo suas necessidades ao longo do dia, eles se tornarão cada vez mais dependentes, muito pouco autônomos e incapazes de resolver situações desafiadoras por si próprios. Isso é uma crença.

Existe o pensamento que Apego Seguro se trata de um modismo, que é algo que está em voga agora, entendendo que os pais atuais estão muito inseguros e que, por isso, buscam estudar sobre formas de educar seus filhos. Ou então que Apego Seguro é um estilo de vida desses novos pais, disseminando que eles gostam de compartilhar cama, que a mãe estudou sobre amamentação em livre demanda e por isso ela aplica, é a forma dela se relacionar com esse bebê. Enfim, entendendo que Apego Seguro é uma filosofia recente, dos pais modernos, que demanda tempo, que demanda abrir mão de suas próprias necessidades para atender a criança.

Mas essas são visões deturpadas. Por isso, nesse post, vamos falar sobre a Teoria do Apego contrapondo algumas crenças difundidas por aqueles que não conhecem estudam o tema.

Principais mitos sobre Apego Seguro.

Um dos mitos sobre apego seguro mais comuns é de que é uma “modinha” ou uma onda passageira. Contudo, os estudos sobre o Apego Seguro iniciaram nas primeiras décadas do século XX. Eles ressaltam a importância de uma relação com vínculo e segurança para o desenvolvimento de todos os animais, inclusive e especialmente os seres humanos. Portanto, não se trata de uma filosofia recente ou modismo.

Outro mito sobre o Apego Seguro é que torna as crianças dependentes. Além disso, existe também a ideia de que as crianças serão “mimadas”, pouco autônomas e que não conseguirão lidar com seus próprios problemas e desafios. Quando, na verdade, o Apego Seguro, ao propor o atendimento às necessidades das crianças, traz a elas a segurança necessária para se tornarem independente e explorar o mundo à sua volta.

A seguir, você pode conferir uma reflexão da Lívia Praeiro, Educadora Parental, especialista em sono infantil e fundadora da 8 Horas, sobre “O que é uma relação de Apego seguro?”. Assista:

O apego seguro é algo essencial.

É imprescindível que a relação de Apego Seguro seja desvinculada dessas crenças de filosofia moderna, que demanda tempo e resulta em crianças dependentes, pois dessa forma ela passa a ser encarada como uma escolha. E Apego Seguro não é escolha, é uma necessidade humana, animal. E a construção de uma relação de Apego Seguro, com vínculo, proteção, contato e amor incondicional é primordial para o desenvolvimento das crianças.

Apego Seguro não faz parte do processo de escolha. É um processo de consciência, de autoconhecimento, de muita clareza em relação às necessidades infantis que cada um de nós teve (e por isso a necessidade do autoconhecimento), que todas as crianças têm e que todo ser humano também tem. É necessário sair desse lugar de escolha, entendendo que quando se fala sobre Apego Seguro, faz-se urgente, necessária e importante uma mudança no olhar de toda a sociedade. Apego Seguro não é escolha, é imprescindível em nossas relações.

Por fim, é importante conhecer mais sobre o apego seguro e como ele funciona. Assim, evita-se de acreditar em mitos sobre apego seguro que não acrescentam em nada no desenvolvimento do seu filho e da sua família.

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Quais os pilares da disciplina positiva?

post 31.5

Educar os filhos é uma grande responsabilidade e pode ser um grande desafio para os pais. Por isso, falar sobre os pilares da disciplina positiva é essencial.  A disciplina positiva está em destaque e seus benefícios são comprovados cientificamente.

A educação positiva aposta na firmeza, com gentileza, nas relações com os filhos. Não usar de punições ou recompensas como a melhor forma de educação dos filhos atualmente.

A teoria do apego e a disciplina positiva são filosofias que promovem a relação saudável, e com respeito, com os filhos desde antes mesmo do nascimento.

Vamos entender melhor o pilares da disciplina positiva? Bora, lá!

 

Teoria do apego e os pilares da disciplina positiva.

O objetivo da teoria do apego e da disciplina positiva é criar adultos íntegros, saudáveis, independentes, responsáveis e felizes. A ideia é fazer com que a criança perceba seus limites e levem uma vida sem relações tóxicas e sem dependência emocional.

Sendo assim, educar uma criança utilizando da disciplina positiva e da teoria do apego ajuda a criança a ser mais organizada emocionalmente, empática, responsável por si e como ente na sociedade.

Disciplina positiva e o sono do bebê.

 

Muitos pais têm problemas com o sono dos filhos e sabemos que o sono infantil é importante para o seu desenvolvimento. Um dos focos da teoria do apego é dar a atenção que a criança precisa e utilizar de meios que ajudem a criança. Seja a se sentir confortável e segura durante o dia, durante os desafios, para que ela se sinta amada e confortável, entregando-se ao sono em estado de segurança física e emocional.

Porque o meu bebê não dorme a noite toda?

Bem, pode acontecer da criança acordar na madrugada para mamar, por exemplo, e isso é normal. Porém, a ideia é atender com tranquilidade as demandas do bebê, considerando que esse é o processo natural de desenvolvimento dele: solicitar companhia e presença, sempre!

As mamadas noturnas serão diminuídas a partir do memento que não restringimos esse contato. Quanto mais presença e segurança, mais apego seguro, ou seja, menos dependência (incrível com a sociedade autoritária compartilha exatamente o oposto). Com essa entrega emocional e física, segundo a necessidade da criança, ela se desenvolve com a sensação confortável de segurança, promovendo um sono tranquilo por toda noite.

Pilares da disciplina positiva e a educação tradicional.

A educação tradicional não corresponde à teoria do apego, uma vez que a educação tradicional não considera importante as necessidades da criança. Na criação com apego, os pais são a figura principal do processo de ensino-aprendizado e, são eles quem detém o poder e o conhecimento e estão ali para transferir para os filhos.

No modelo tradicional, o foco é a obediência, a disciplina, e não enxergamos os pais como principais nesse processo, ‘empurrando’ também a responsabilidade de educação para a escola, avós, etc.

Diferentemente da educação tradicional, na disciplina positiva, os pais são apenas mediadores que levarão a criança a construir seu próprio conhecimento em relação a si mesma e ao mundo. O foco são as necessidades da criança e a comunicação é feita de maneira diferente. A hierarquia de poder é deixada de lado, substituindo-se por uma liderança empática.

E esse é um dos pilares que constituem a disciplina positiva.

 

Respeito e consideração às emoções.

Como falamos, a disciplina positiva é a ação de tomar conta em que os pais assumem responsabilidades e comportamentos para melhorar o desenvolvimento e estimular a criança, respeitando sua integridade.

O apoio dos pais aos filhos são fatores importantes e é considerado a importância de respondermos adequadamente às necessidades das crianças, principalmente até os 7 anos, fase em que são profundamente dependentes em relação aos seus cuidadores.

Na disciplina positiva, o respeito e a consideração às emoções são a base para a aquisição de algumas das competências estruturantes da personalidade da criança, como a resiliência.

É importante valorizar todas as emoções (entendendo não haver emoções positivas ou negativas, todas são respostas do campo emocional a alguma vivência e devem ser SENTIDAS, organizadas e permitidas). Afinal, são os pais que regulam emocionalmente a criança, não cobrando delas a habilidade incompatível com seu desenvolvimento neuro-cortical. 

Papel dos pais na disciplina positiva.

A autorregulação será uma conquista através do exemplo dos pais, muito necessária para desenvolvermos relações futuras saudáveis, ou seja, para nosso relacionamento social com os pares ou o incentivo do desenvolvimento dos interesses e pontos fortes individuais (vocação).

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Criação com Apego: o que é e como promover

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A criação com apego surgiu a partir de um estudo de vínculo desenvolvido por recém-nascidos com suas mães e cuidadores. A criação com apego valoriza a criação de vínculos fortes e confiáveis de amor entre pais e filhos e existem dois pilares principais: contato olho a olho e troca emocional, que são facilitados através da amamentação, com o bebê bem grudado em você e através da cama compartilhada (contato com a mãe durante o sono).

A criação com apego seguro e a educação positiva ajudam os pais a terem mais consciência em relação à criação dos filhos, bem como uma visão e um comportamento empático em relação a eles. O objetivo é identificar a necessidade dos pequenos e tentar entender qual a comunicação está por trás desse comportamento.

O que é o Apego Seguro?

A Teoria do Apego, desenvolvida pelo psicanalista John Bowlby é composta por 4 tipos de apego, que se desenvolvem a depender da capacidade de resposta empática e amorosa do cuidador principal: apego Seguro, evitante, ambivalente e desorganizado. O apego seguro é muito importante para a qualidade da relação afetiva entre pais e filhos. Além de fortalecer a relação, protege a saúde mental dos pequenos e é um fator de proteção contra o trauma. Portanto, é o tipo de relacionamento que deve ser almejado.

Um bebê, instintivamente, procura uma pessoa para cuidar dele e precisa estar vinculado a alguém para sobreviver. Uma vez que sabemos identificar suas necessidades, evitamos que entrem em estado de alerta, permitindo que sejam cada vez mais espontâneos e emocionalmente saudáveis, o que impacta positivamente nos comportamentos, alimentação e sono (que comumente são os principais desafios das famílias). Ou seja, quanto mais o cuidador principal é assertivo ao observar e atender as necessidades do bebê ou criança, mais seguras elas ficam e mais próximo estão de uma relação de Apego Seguro.

Qual o objetivo da criação com apego?

O objetivo da criação com apego é garantir a segurança física, psíquica e emocional da criança. Além disso, quando estamos criando com apego, garantimos as necessidades básicas da criança e isso se dá pela proximidade, proteção, previsibilidade e bem-estar.

Idealizada nos anos de 1950, a criação com apego destaca a necessidade de segurança no começo da vida, e isso significa as crianças estarem perto dos pais/cuidadores. A proximidade, física e emocional, com os pais ou cuidadores é o ponto de partida para que a criança desenvolva uma ligação segura com adultos.

Essa proximidade é especialmente importante nos primeiros anos de vida. Sabemos que um bebê é incapaz de cuidar de si. Ele depende dos pais para conseguir alimento, saciar-se da necessidade de contato, carinho, dormir e aprender sobre o mundo e suas relações. Essa relação entre pais e filhos é o principal campo de estudo da teoria do apego. Entendermos que o mundo da criança se resume aos pais (principalmente à figura maternal) e que tudo o que vivenciarem neste contexto, reflete em sua maneira como se relaciona com o mundo.

Como desenvolver o apego seguro com os filhos. Entenda os passos para uma relação de apego seguro

Promove a proximidade

A proximidade física é o ponto de partida para que a criança se desenvolva, mas é mantido e garantido com a proximidade emocional: tempo de qualidade, troca, assistência empática, respeito às necessidades do bebê, entendendo e respondendo prontamente à sua dependência física e necessidades de co-regulação emocional.

Ou seja, é preciso compreender que o cuidador principal é o grande responsável pela regulação emocional do bebê, promovendo a ele a tranquilidade e segurança através de nossa proximidade e contato. Esse tipo de atitude pode facilitar, inclusive, o sono infantil, e isso é explicado por que, ao responder atentamente às demandas do filho, a mãe o prepara para desenvolver a capacidade de ser independente e controlar suas próprias ações.

Sono infantil e o apego seguro andam juntos!

Sabe-se que os padrões de sono dos bebês são diferentes dos padrões dos adultos. Cuidar de um bebê demanda tempo, paciência e esses cuidados podem influenciar diretamente no sono do bebê.

A criação com apego possui princípios que não se trata de regras, mas orientações. E essas orientações podem influenciar diretamente no sono infantil. Uma das garantias da relação de apego seguro é a segurança, física e emocional.

Nos primeiros meses, valoriza-se a amamentação (se a mãe não puder amamentar, que ela seja a única a alimentar, mantendo assim essa relação próxima e importante). Aconselha-se que o bebê durma próximo à mãe, que não tenha muitos cuidadores (que a mãe busque apoio a todas as outras demandas, de maneira que tenha disponibilidade física e emocional ao bebê).

Criação com apego no dia a dia

O bebê está em fusão emocional com a mãe (cuidador principal) e isso significa que tudo que ela sente afeta o bebê e o seu sono. Por isso é muito importante que a mãe seja cuidada (e se cuide), para que esteja menos sobrecarregada, feliz e tranquila em sua relação com o bebê. Isso vai garantir um sono mais tranquilo e seguro para o bebê e para a mãe! É um método praticado em várias culturas e é vista como um benefício para a família.

Outro ponto que pode influenciar no sono do bebê é a prática da educação positiva, pautada em pilares que sustentam o Apego Seguro. A necessidade do bebê estar próximo (colo, cama) da mãe para que esteja em segurança e no conhecimento dos pais a respeito do de si próprios e do desenvolvimento de uma criança. Assim serão capazes de ter inteligência emocional e nivelar suas expectativas em relação aos comportamentos (inclusive de sono) de seus filhos.

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Como ajudar uma criança no desfralde gentil?

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O desfralde infantil é um processo que deve acontecer naturalmente. Iniciar o desfralde requer respeito e gentileza com a criança, pois a criança é o protagonista e o papel dos pais é apenas de supervisionar e apoiá-los. O desfralde acontece quando  a criança começa a demonstrar sinais de que não precisa mais das fraldas.

O desfralde é um processo que não é aprendido, ele acontece de forma natural e entra na lista dos grandes desenvolvimentos da criança, como andar, falar e escolher os alimentos que vai comer em suas refeições. 

Desfralde natural – como tirar a fralda

Como falamos, o desfralde infantil está na lista dos grandes desenvolvimentos das crianças e assim como todos os processos, depende de fatores emocionais, cognitivos e motores para se concretizar. Por isso, conduzir o desfralde forçando a criança a desfraldar, ou ensiná-la forçadamente por métodos duvidosos, como urinar em si mesma, pode provocar mais trauma do que autonomia.

De modo geral, o que se entende superficialmente sobre o desfralde infantil é que a partir dos dois anos as crianças controlam seus esfíncteres. Mas esse controle é relativo, já que ele pode acontecer em épocas distintas para cada criança. A realidade é que os pais precisam estar com a percepção aberta para notar os sinais, com paciência e disposição para entender que como em todo processo de desenvolvimento, há avanços e retrocessos até a criança se desenvolver.

O processo de desfralde se inicia pela criança. Ela se sente incomodada com a fralda molhada e acaba pedindo para fazer no vaso. E ela não faz isso para agradar os pais, mas porque não se sentem confortáveis com o uso das fraldas. É super importante entender que a criança estará passando por uma fase leve e consciente de si e de suas capacidades e necessidades.

A educação positiva tem o objetivo de educar com foco no afeto, compreensão e no respeito com as necessidades da criança. E no momento que a criança se mostra preparada para o desfralde, cabe aos pais compreenderem a situação e apoiá-la no dia a dia. 

É importante que os pais fiquem atentos aos comportamentos da criança durante o desfralde. Estamos falando de fases da criança durante o processo de desfralde. Primeiramente, a criança faz xixi e cocô e só avisa depois. Em seguida, a criança avisa na hora que está fazendo. Por fim, ela avisa que está com vontade de ir ao banheiro. É nessa fase, quando a criança mostra a necessidade antes de fazer, que o desfralde está bem encaminhado.

Além disso, temos outros sinais, como:

  1. A criança fica agachada ou sentada em uma posição durante até 2 minutos.
  2. Abaixa e levanta a calcinha ou cueca e a calça.
  3. Fica incomodada quando a fralda está suja e/ou cheia.

Desfralde Infantil

Após demonstrar os sinais que já falamos acima, a criança entra em uma fase que começa a aprender ir ao banheiro sozinha, sentar no vaso sanitário e ficar seca por várias horas, retirar a fralda sozinha e saber comunicar o desejo de fazer xixi ou evacuar.

É aí que nos tocamos que acreditava-se que existia uma metodologia de como tirar a fralda, mas, na verdade, o grande passo é esperar o tempo da criança e seu amadurecimento. Dicas e estratégias para facilitar o processo ou acelerá-lo, só impactam no desfralde noturno, que promovem enurese por anos e ainda o desconhecimento do próprio corpo e das sensações de exceção, que são imprescindíveis para uma sexualidade equilibrada no futuro, com o conhecimento do próprio corpo, seus limites e prazeres.

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Educação parental positiva: o que é e como promover?

 

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Escolher a melhor forma de educar os filhos exige responsabilidade e pode ser um grande desafio para a família. Alguns pais adotam posturas punitivas e outros são complacentes e permissivos com relação às vontades dos filhos. Bem, a educação parental positiva, também conhecida como disciplina positiva, é uma forma de educar com o objetivo e foco no afeto, compreensão, respeito e aprendizado mútuo.

A educação positiva, com o apego seguro, vem se tornando formas de educar cada vez mais usada pelos pais e/ou cuidadores. A pauta é: formação integral dos filhos. A criação com apego e a disciplina positiva entendem que castigos ou chantagens não são construtivos para o desenvolvimento da criança e influenciam negativamente por toda a vida, perpetuando-se inclusive nas próximas gerações.

Quando falamos de educação parental, nos referimos ao termo “educar-se para educar”. A melhor maneira de lidar com os filhos é trabalhando você, primeiramente.

Apego seguro e educação parental.

Adotando uma abordagem mais consciente, a educação parental integra teorias e conhecimentos potentes para orientar pais, responsáveis e escolas sobre como educar as crianças. Desse modo, dentro de uma perspectiva de respeito mútuo, autoeducação, melhoria das relações familiares e soluções de questões cotidianas com base em princípios que fazem parte de uma educação positiva e respeitosa.

Portanto, aplicar a educação positiva é importante e ela contrasta com a forma comum que as pessoas normalmente se comunicam (carregado de culpa, julgamentos e violência). Ela preconiza a comunicação não violenta, que permite construir uma visão empática com o outro e com nós mesmos. Entender as nossas necessidades e limites, e expressá-los assertivamente e autêntica.

Na criação consciente, a comunicação não violenta é utilizada para desconstruir padrões violentos de comunicação que nos foram passados desde pequenos, os quais repetimos diariamente com nossas crianças. Além disso, ela é importante para orientar os pais a trilharem seus primeiros passos numa comunicação mais empática e amorosa com seus filhos, através da observação de nossas próprias necessidades para desenvolvermos um olhar mais claro para a necessidade do outro.

A educação positiva age na esfera sócio emocional do indivíduo e gera melhorias cognitivas, melhorando o desempenho escolar, o convívio com as pessoas e fortalece o vínculo entre os filhos e demais membros da família, mantendo-os íntegros!

Caso você se identifique com esses valores, mas não sabe por onde começar, vamos dar algumas dicas a seguir para melhorar a educação parental na sua casa.

Como aplicar a educação positiva na educação parental.

Primeiramente, observe suas próprias atitudes, sobre as situações cotidianas e outras questões que nos façam sentir culpa ou incapacidade. Faça-se perguntas, conteste seus próprios nãos. Desafie sua capacidade de resolução de problemas do dia a dia, estimule-se na construção de relações de respeito, a começar por nós mesmos.

Expresse suas emoções claramente. Ademais, entenda o porquê daquela emoção, quais necessidades suas não tem sido atendidas e responsabilize-se por isso, tirando essa responsabilidade do outro (parceirx ou filhos).

Seja um exemplo para seus filhos.

Se prometer algo, cumpra. Não minta e não faça chantagens ou subornos com eles. É dando exemplo que você poderá esperar que seu filho também aja assim, pois muito do que os filhos fazem é uma reprodução do que veem os familiares fazendo. A chantagem é uma maneira de naturalizar a corrupção.

Estabeleça regras reais, que fazem sentido não só para você, mas para a família, pois a criança pode não reconhecer o real sentido do bom comportamento e só agir de maneira positiva pelo interesse satisfazer nossas necessidades para se sentir amado e visto.

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