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Criação com apego – entenda a teoria do apego

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Você já deve ter escutado a expressão “criação com apego” ou “criando com apego” e “teoria do apego”. Isso se trata de algumas técnicas que valorizam a criação de vínculos fortes entre pais e filhos.

Alguns defensores da criação com apego reforçam três pilares principais: amamentação, bebê bem grudado em você e cama compartilhada entre pais e filhos. A ideia principal é que os pais mantenham esses hábitos até que as crianças cresçam e elas mesmas decidam que não querem mais.

Mas na verdade, a criação com apego é uma filosofia e ciência bem mais ampla. Ela não se resume apenas nesses três pilares. Criando com apego não significa que você tem que amamentar por muitos anos, ou dividir a cama com a criança já crescida.

A ideia desse tipo de criação é garantir a segurança emocional da criança e, para isso, a teoria do apego defende que a criança deve ter suas necessidades básicas atendidas prontamente, com empatia, respeito, dedicação e paciência. Inclusive baseia estas afirmações com inúmeros estudos neurocientíficos, que comprovam o desenvolvimento harmônico e organizado de um cérebro que vivencia relações de respeito e amorosidade.

Criação com apegoEducação Positiva

A criação com apego tem o objetivo de garantir a segurança física, psíquica e emocional da criança, como falamos anteriormente. Além disso, garantir suas necessidades básicas, que se resumem em: proximidade, proteção, previsibilidade e diversão.

A teoria do apego foi idealizada nos anos de 1950 e destaca que os bebês têm uma forte necessidade de segurança no começo da vida (necessidade esta que, não correspondida, transforma todo o curso de sua vida psíquica e emocional) e que isso significa estar perto de quem cuida deles.

A proximidade com os pais ou cuidadores, é o ponto de partida para que a criança desenvolva uma ligação segura com adultos, de acordo com o movimento de “criação com apego”. Essa proximidade física é especialmente importante nos primeiros anos de vida. Manter o bebê perto faz com que a pessoa que cuida dele, geralmente a mãe, seja capaz de responder prontamente às suas necessidades.

Esse tipo de atitude pode facilitar INCLUSIVE o sono infantil , e isso é explicado porque, ao responder atentamente às demandas do filho, a mãe o prepara para desenvolver o controle das próprias ações. Ao desenvolver esse controle e a segurança, o bebê se sente mais seguro para dormir e amamentar, por exemplo.

Quando a criança nasce pode ser difícil saber do que ele está precisando em determinados momentos. Mas existem algumas maneiras de atender às necessidades dele se você quiser seguir com a criação com apego:

  • É essencial amamentar por livre demanda, ou seja, dar de mamar sempre que o bebê quiser. Além de se sentir alimentado, o bebê se sente aconchegado pelo cheiro e calor da pele materna. Entender que vai além do alimento!
  • Se o bebê toma leite na mamadeira, a mãe pode segurá-lo próximo, olhar nos olhos dele e prestar atenção aos sinais de que mamou o suficiente, evitando que outros cuidadores o alimentem. Ter um cuidador principal, como ocorre no seio, faz-se imprescindível.
  • Colocar o bebê em um carregador do tipo mochila ou sling, considerando que precisam de contato não só quando choram.
  • Dormir no mesmo quarto que o bebê (ou na mesma cama), para atendê-lo rapidamente à noite.
  • Conversar com o bebê e interagir quando ele estiver desperto.
  • Tratar o choro da criança – e as birras, conforme vai crescendo – como a maneira que ela tem para se comunicar. Quando o bebê está chorando, significa que ele está pedindo ajuda ou orientação e conforto quando tem um acesso de raiva.

Sono InfantilEducação Positiva e Apego Seguro

Através dessas experiências, a criança se sentirá mais confortável para dormir (ponto positivo para o sono infantil) e, levando a criação da criança dessa maneira você poderá, logo, utilizar da educação positiva.

A educação positiva é um tipo de educação baseada na positividade. Sem punições e sem recompensas. É uma forma de educar a criança preocupando com sua formação integral. Com foco em afeto, compreensão, respeito mútuo e aprendizado mútuo.Quer saber mais sobre a educação positiva, sono infantil, apego seguro e a teoria do apego? Acesse nosso blog.

Criação com apego e seus impactos – Tipos de apego seguro

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O conceito da Teoria do Apego surgiu a partir do estudo do vínculo desenvolvido por recém-nascidos com suas mães e outros cuidadores. Ela se estabeleceu através da necessidade de procurar entender melhor como os vínculos entre mãe e filho eram desenvolvidos. O apego seguro significa um vínculo afetivo ou a ligação entre um indivíduo e uma figura de apego (pais e/ou cuidadores).

Assim como a criação com apego, a educação positiva ajuda os pais a despertarem uma visão e um comportamento empático com os filhos. O objetivo é identificar a necessidade dos pequenos e tentar se comunicar por trás desse comportamento.

Já falamos em outras publicações que a criação com o apego não é a solução para todos os problemas, mas é um caminho de consciência que nos permite sermos mais assertivos com nossos filhos,  e que nos mostra que não devemos esperar que os pequenos se manifestem com relação ao nosso bem-estar, mas que somos nós quem proporciona o bem-estar deles. Isso faz com que a criança desenvolva maior responsabilidade pessoal, que se manifestará pelo resto da sua vida em responsabilidade social.

Tipos de apego seguro, criação com apego e os adultos

As pessoas com apego seguro tendem a ter opiniões positivas sobre si mesmas e sobre seus parceiros. Consequentemente elas tendem a ter opiniões positivas sobre seus relacionamentos.

Essas pessoas relatam maior satisfação em relação a si mesmas e, consequentemente harmonia em seus relacionamentos do que pessoas com outros estilos de apego. Elas se sentem seguramente confortáveis tanto com a intimidade quanto com a independência. Este é o resultado da vivência do apego seguro na infância.

Temos, também, o apego evitante, ambivalente e desorganizado e cada um mostra o nível de independência das pessoas, de comprometimento com relacionamentos, intimidade e dedicação com seus parceiros. Tudo isso acaba refletindo na criação com apego também de seus pequenos.

Pessoas com um estilo de apego evitante desejam um alto nível de independência. Elas, frequentemente, tentam evitar completamente a intimidade. Veem a si mesmos como autossuficientes e invulneráveis a sentimentos associados com estarem intimamente ligados a outros. Normalmente negam necessitar de relações íntimas.

No apego ambivalente, as pessoas buscam por altos níveis de intimidade, aprovação e receptividade de seus parceiros. Elas valorizam a intimidade a tal ponto que se tornam excessivamente dependentes de seus parceiros. Normalmente duvidam de seu valor como parceiros e culpam-se pela falta de receptividade de seus parceiros.

Pessoas com apego desorganizado têm sentimentos mistos sobre relacionamentos íntimos. Ao mesmo tempo que desejam ter relações emocionalmente íntimas, tendem a se sentir desconfortáveis com a intimidade emocional. São sentimentos confusos e combinados que, às vezes, inconscientemente, gera pensamentos e opiniões negativas sobre si mesmas e seus parceiros.

Cada um desses estilos de apego afetam no tipo de apego que as pessoas demonstram aos seus filhos. E existem muitos fatores que podem influenciar nossa adaptação ao vínculo com eles.

Educação parental Educação positiva

Sabemos que um bebê é incapaz de cuidar de si mesmo. Ele depende dos pais para conseguir alimento, contato, carinho, segurança, dormir e aprender sobre si mesmos e sobre o mundo. Pessoas com estilos de apego diferentes demonstrem isso de maneiras diferentes. 

A educação parental tem uma grande contribuição para os pais e para os filhos. Integra teorias e conhecimentos para orientação dos pais, responsáveis e escolas sobre como acompanhar e promover o desenvolvimento saudável das crianças dentro de uma perspectiva que envolve a autonomia, melhoria da relação familiar e ajuda no desenvolvimento pessoal de ambos.

Da mesma maneira, acontece com a educação positiva. A educação positiva é uma das ferramentas mais poderosas nesse meio. Se trata da comunicação não violenta, em aprender a se comunicar sem culpar, sem julgar e de maneira gentil, conectando pessoas e fortalecendo relações.

Todos esses fatores influenciam na possível mudança com que os pais podem ter com o seu tipo de apego. Permite-nos conscientizar do nosso comportamento e da nossa dificuldade em lidar com nossos filhos. Ter esta consciência faz-se crucial para criar um vínculo importante com nossos filhos.

Quer saber mais sobre a criação com apego, apego seguro, educação parental e a disciplina positiva? Entre em nosso blog.

Como melhorar a relação com seu filho por meio do Apego Seguro

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O apego seguro é muito importante para pais que buscam melhorar a relação com seu filho. Além de fortalecer o vínculo, melhora a qualidade da relação afetiva entre pais e filhos e protege a saúde mental dos pequenos. O foco da criação com apego seguro são os pequenos e suas necessidades primordiais e inatas.

A Teoria do Apego de Bowlby defende que todas as crianças estabelecem algum tipo de apego (entenda mais sobre os tipos de apego neste blog) com pais e/ou cuidadores. O tipo de apego estabelecido depende do quão atentos estamos em relação às necessidades dos nossos filhos, bem como na rapidez e na assertividade com que respondemos. Devemos buscar validar e acolher as necessidades e os sentimentos da criança, dando conforto e segurança para se expressarem.

Os comportamentos que apresentamos enquanto adultos estão diretamente relacionados com o tipo de relacionamento que foi desenvolvido com o cuidador principal na infância. A neurociência comprova que nossas crenças, doenças psiquiátricas e incapacidade de reconhecer e lidar com nossas emoções são fruto de nossas vivências infantis. 

É normal e natural que os bebês/crianças busquem suas primeiras figuras de apego como protetores quando se sentem ameaçados. Por isso, neste texto vamos falar sobre como melhorar a relação com seu filho por meio do Apego Seguro e da Educação Positiva.

Educação parental ou positiva Criando com apego

A educação parental contribui bastante para que os pais desenvolvam maneiras alternativas de lidar com os filhos. É um conjunto de técnicas de orientação aos pais sobre como educar as crianças dentro de uma perspectiva que envolve a autoeducação.

A educação parental (ou educação positiva) visa melhorar a relação entre pais e filhos. Com uma abordagem respeitosa e empática, a educação parental muda o olhar da família para a criança/bebê. Assim, esclarece comportamentos esperados para cada idade, nivelando expectativas e trazendo informações que transformam vidas e constroem relacionamentos mais honestos e respeitosos. Com o apego seguro, a educação positiva é uma maneira de ajudar os pais a superarem problemas com a educação dos filhos. 

A ideia é compreender quantas experiências de trauma trazemos para nossas crianças quando usamos a educação/disciplina punitiva. Após essa compreensão, os pais poderão ter atitudes mais saudáveis, amorosas e empáticas, preservando o desenvolvimento cerebral sadio de seus filhos. Entender sobre o desenvolvimento infantil ajuda a compreender porquê a criança apresentar certos comportamentos e a cuidar para terem suas necessidades atendidas, com empatia, respeito e preservando sua autoestima e autoconfiança.

Como já falamos, uma relação de apego seguro protege a saúde mental dos pequenos. Mas o apego seguro também serve para ajudar os pais e/ou cuidadores, entendendo que eles já tiveram suas próprias experiências, e os apoiando para que, como adultos, construam uma relação mais saudável com as crianças.

É muito difícil para um adulto ser capaz de dar ao seu filho um apego seguro se ele tem um apego inseguro ou ansioso. Muitas vezes não conseguimos dar a nossas crianças o carinho e acolhimento que não tivemos. Por isso, acabamos reproduzindo comportamentos autoritários. Logo, se você quer melhorar a relação com seu filho, é imprescindível desenvolver o autocuidado, olhando verdadeiramente para a sua infância e os seus traumas. Assim, você vai conseguir desenvolver uma relação de apego seguro com as crianças. Ter ao lado um educador parental (na Escola da Educação Positiva, formamos estes profissionais) nos apoia nesse desenvolvimento e autoconhecimento.

Criar com apego seguro é mais que apenas educar ou se dedicar, é se conhecer, conhecer seus limites, aquilo que precisa desenvolver em você mesmo, para conseguir promover os 4 pilares fundamentais do apego seguro: sensação de constante segurança, de proximidade e previsibilidade (no comportamento dos pais/cuidadores) e a diversão, o brincar juntos.

Como melhorar a relação com seu filho?

A criação com apego envolve vários pontos cruciais para você e seus pequenos se aproximarem. Mais do que um conjunto de práticas de aproximação, ele preconiza a responsabilidade com as necessidades das crianças e a sensação de segurança que eles precisam sentir para que seu desenvolvimento aconteça da melhor forma possível.

A educação parental baseada em apego seguro possui 8 princípios que devem ser considerados:

1. Preparar-se para a gravidez, para o parto e para a educação — Estudar e entender o que esperar da criação dos filhos e os comportamentos esperados e naturais, para nivelar expectativas.

2. Alimentar com amor e respeito — Priorizar momentos de conexão com nossos filhos durante a alimentação. Incentivar que comam quando com fome e parem de comer quando satisfeitos, confiando nos sinais de saciedade do corpo deles.

3. Responder com sensibilidade — Estar sensíveis aos sinais e estados internos de nossos filhos, buscando observar, entender e atender suas necessidades.

4. Promover o contato físico — Entender que criança precisa de colo e companhia. Toques carinhosos e respeitosos ajudam no desenvolvimento de uma relação de confiança e apego seguro.

5. Garantir um sono física e emocionalmente seguro — Compreender que a criança precisa dormir, que o sono é importante. Devemos buscar a razão pela qual não dormem bem.

6. Proporcionar cuidados amorosos consistentes — Cuidar da qualidade do tempo que estamos com nossos filhos. Termos entrega profunda no momento disponível para a conexão de modo a nutrir o relacionamento.

7. Praticar a disciplina positiva — Buscar que paremos de reagir e passemos a agir, entendendo as necessidades não atendidas por trás de cada comportamento de nossas crianças.

8. Procurar um equilíbrio entre a vida pessoal e a vida familiar — Procurar estar organizados física e emocionalmente para observar e atender melhor às necessidades da criança. Lembrando que todos os membros da família são importantes.

Gostou das dicas para melhorar a relação com seu filho? Acesse o nosso blog e confira mais conteúdos sobre educação parental, apego seguro, educação positiva e consultoria do sono infantil.

Apego seguro – Entenda a “Teoria do Apego”

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O apego seguro é um dos 4 tipos de apegos presentes na teoria do apego. O conceito de apego seguro surgiu, juntamente com o apego evitante, apego ambivalente e o apego desorganizado, a partir do estudo do vínculo desenvolvido por recém-nascidos com as suas mães e/ou cuidadores.

Os estudos foram iniciados pelo psicanalista John Bowlby, que esteve em contato com crianças órfãs e sem lar que apresentavam muitas dificuldades após a Segunda Guerra Mundial, perante o afastamento compulsório de suas mães. Na teoria, o apego seguro significa um vínculo afetivo ou ligação entre um indivíduo e seu cuidador principal, que responde suas necessidades com assertividade, tornando esse indivíduo seguro e emocionalmente estruturado.

O apego seguro é importante para a qualidade da relação afetiva entre pais e filhos, e a teoria do apego seguro defende que todas as crianças estabelecem algum dos 4 tipos de apego, a depender da relação estabelecida com o cuidador principal.

Nesse post vamos falar sobre os tipos de apego, educação positiva, disciplina positiva, educação parental e sobre como funciona a teoria do apego.

Disciplina positiva

Dentro da criação com apego existem alguns temas interessantes e que devem ser falados. Um deles é a disciplina positiva ou educação positiva.

A neurociência comprova que a criação pautada em autoritarismo ou negligência é danosa para o desenvolvimento neurocortical e emocional das crianças, tornando-as hipervigilantes e prejudicando a sua autoestima.

A disciplina positiva preconiza a comunicação não violenta entre pais e filhos. Ela prega uma abordagem com mais firmeza e gentileza, desenvolvendo o senso de responsabilidade, autonomia, cooperação e respeito por si e pelos outros.

Em paralelo com a educação positiva, o apego seguro preconiza um olhar mais respeitoso com as necessidades das crianças, que devem ser atendidas de maneira gentil, transmitindo uma sensação de segurança, ajudando na manutenção da autoconfiança, independência e da tomada de decisões para lidar com o mundo externo.

A proposta da disciplina positiva envolve uma mudança de paradigma, onde ocorre a migração da cultura autoritária e ancorada no medo para um formato de convivência colaborativa, onde todos são ouvidos, respeitados e desenvolvem um senso de comunidade.

A educação positiva entende que todo comportamento tem uma origem e uma causa. Por isso, torna-se imprescindível entender o porquê de cada comportamento. A criança reflete seus sentimentos em seu comportamento, ou seja, essa é uma forma de comunicação.

Um dos maiores desafios para os pais e/ou cuidadores é a disponibilidade de tempo com “qualidade de presença” para a convivência com os filhos. A rotina diária, as longas jornadas de trabalho, o cansaço e o tempo que dedicamos às telas em geral são fatores que ocupam muito o espaço da convivência em família, sobrando pouca energia para brincadeiras e diálogos.

Dessa forma, precisamos verdadeiramente abrir espaço para as crianças na nossa vida e na nossa rotina, assim elas poderão se sentir pertendentes e amadas, e não um ‘peso’, um estorvo para a família.

Teoria do Apego: conheça os 4 tipos de apego

Um bebê, instintivamente procura uma pessoa para cuidar dele e precisa estar vinculado a alguém para sobreviver. Por exemplo, o bebê não consegue se alimentar sozinho, depende da mãe para conseguir alimentos, calor, proteção, entre outras coisas.

Os relacionamentos interpessoais sustentam-se nas respostas que temos frente às necessidades que sentimos. A necessidade de vínculo e conexão não é sentida apenas por bebês, tanto que a teoria do apego foi estendida aos relacionamentos adultos no final da década de 1980. E os relacionamentos que temos hoje, como adultos, muitas vezes são reflexo do relacionamento que foi desenvolvido conosco pelo cuidador principal, quando ainda éramos bebês e crianças.

A Teoria do Apego apresentada por Bowlby descreve 4 tipos de apego que poderão ser encontrados nas relações:

  1. Apego seguro
  2. Apego inseguro – ambivalente
  3. Apego evitante
  4. Apego desorganizado

A seguir, vamos explicar as principais características de cada um dos tipos de apego presentes na Teoria do Apego. Assim, você compreenderá as diferenças nas relações estabelecidas a partir de cada tipo de apego e seus impactos no desenvolvimento infantil. Continue a leitura!

Tipos de apego: entenda a diferença

O Apego Seguro é o tipo de apego no qual o cuidador principal é responsivo às necessidades da criança. Consistente em sua capacidade de resposta empática. Ele observa, identifica e atende assertivamente, sempre que possível, as necessidades da criança.

Nas relações de apego seguro os cuidadores estão sensíveis aos estados internos da criança, entendendo a real necessidade por trás de cada comportamento. Esse tipo de relação torna a criança mais integrada, coerente e segura, afinal a resposta recebida foi compatível com a necessidade apresentada. A resposta do cuidador é assertiva e seu comportamento previsível e consistente.

Já em uma relação de apego inseguro – ambivalente, o comportamento do cuidador principal não é previsível. Em algumas situações responde assertivamente, com empatia, porém em outras pode agir de forma não amorosa, ignorando as necessidades da criança.

Ou seja, há inconsistência nos cuidados e a criança fica angustiada com a separação e ambivalente com a reunião, refletindo o comportamento pouco previsível de seus cuidadores.

A relação de apego inseguro é estabelecida quando o cuidador limita o contato físico e o cuidado empático para com a criança. Elas, em função desse pouco contato com o cuidador, mostram-se pouco angustiadas quando há uma separação e não afetuosas quando se reencontram. Começam a negar o contato com o cuidador, se afastando, pois, esperar por essa proximidade na relação e não ter pode ser fonte de sofrimento.

Um ambiente doméstico muito caótico, desorganizado e inconsistente em relação ao comportamento dos cuidadores, constrói uma relação de apego desorganizado e inseguro. Neste relacionamento a criança mostra-se angustiada com a separação e com o reencontro, combinando os comportamentos resistente e evitável (desviando-se do contato com o cuidador). Uma criança em apego desorganizado e inseguro está em sofrimento.

A relação que construímos com nossos filhos terá aspectos de algumas das formas de apego, não apenas de apego seguro, pois como seres humanos, somos inevitavelmente falhos, especialmente quando fomos criados sob a tutela do autoritarismo.

Por isso, é importante que sejamos cada vez mais conscientes em nossa parentalidade, sabendo qual relação estamos construindo com nossos filhos e suas consequências. Precisamos buscar cada vez mais estarmos em uma relação de apego seguro, entendendo que a cada dia é uma nova oportunidade de reescrever nossas relações. Precisamos transformar o olhar para nossos filhos, tão frágeis e dependentes do nosso amor e equilíbrio emocional.

Você quer saber mais como funciona a teoria do apego? Entre em nosso blog e fique por dentro das notícias sobre apego seguro, educação positiva, educação parental, disciplina positiva, tipos de apegos, entre outros.

Assista também ao vídeo da Lívia Praeiro sobre o apego seguro:

 

Lívia Praeiro é Educadora Parental, especialista em sono infantil e fundadora da 8 Horas. Siga a 8 Horas no Instagram e acompanhe mais novidades.

 

Tipos de apego – Apego seguro e Parentalidade Positiva

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A teoria do apego e os tipos de apego surgiram a partir de estudos do vínculo que os pais desenvolvem com recém-nascidos. É um estudo que abrange os campos das teorias psicológica, evolutiva e etológica. Pode-se observar que dentro dessa teoria temas como apego seguro, educação positiva e educação parental também são abordados.

O apego seguro é um tipo de apego da teoria do apego, que é um modelo psicológico que tenta descrever a dinâmica das relações interpessoais de longo e curto prazo da relação pais-filhos e sua influência no desenvolvimento dos filhos.

A criação com apego começa antes mesmo da criança nascer e se estende para os laços entre adultos e, nessa postagem, vamos falar dos tipos de apego e sua relação com a parentalidade positiva, educação positiva e a educação parental.

O que é o apego?

O apego significa um vínculo afetivo ou ligação entre um indivíduo e uma figura de apego (pais e/ou cuidadores). Os laços podem ser recíprocos entre os dois indivíduos adultos, mas entre uma criança e um cuidados, são baseados nas necessidades de segurança e proteção.

A segurança e a proteção são fatores fundamentais na infância e a teoria do apego propõe que crianças se apegam instintivamente a quem cuide delas, com a finalidade de sobreviver e desenvolver tanto o físico, social e o emocional.

Dentro da teoria do apego tem um campo muito importante que é a parentalidade positiva. Ela é dada como a ação de ‘tomar conta’, em que ambos os progenitores, ou o pai ou a mãe, assumem responsabilidades e comportamentos para otimizar o crescimento e estimular o desenvolvimento da criança.

Dentro dessa vertente, é importante destacar que a integridade da criança deve ser respeitada, pois ela é um ser único e independente. A ideia é criar vínculo com os filhos de forma a gerar confiança, segurança e um relacionamento mais prazeroso entre as partes.

A educação positiva é uma prática do apego seguro que transforma o momento de pais e/ou cuidadores em momentos de dedicação completa, com respeito e carinho. O problema de uma criança dormir mal pode estar relacionado à falta de apego, por exemplo. Pode estar relacionada com o contato, o afeto, também.

Quais são os tipos de apego?

Existem padrões de vínculo que os adultos criam com outros adultos e esses padrões costumam ser categorizados em quatro principais tipos de apego: apego seguro, apego evitante, apego ambivalente e apego desorganizado.

Apego Seguro

Pessoas com esse tipo de apego tendem a ter opiniões positivas sobre si mesmas e sobre seus parceiros e seus relacionamentos. Muitas vezes elas relatam maior satisfação e harmonia em seus relacionamentos do que pessoas com outros estilos de apego.

Apego Evitante

Quem tem este estilo de apego deseja um alto nível de independência. Esse desejo, frequentemente, aparece como uma tentativa de evitar completamente o apego. Eles se sentem autossuficientes e invulneráveis a sentimentos associados com estarem intimamente ligados a outros.

Apego Ambivalente

Nessa modalidade as pessoas buscam por altos níveis de intimidade, aprovação, e receptividade de seus parceiros, frente a um comportamento inconstante dos pais, de afastamento e aproximação. 

Apego Desorganizado

Indivíduos com esse apego têm sentimentos mistos sobre relacionamentos íntimos. Por um lado, desejam ter relações emocionalmente íntimas. Por outro lado, tendem a se sentir desconfortáveis com a intimidade emocional. 

Quer saber mais sobre os tipos de apego? Entre em nosso blog e veja também sobre o apego seguro, educação positiva, parentalidade positiva e educação parental.

Apego seguro: os desafios da parentalidade positiva

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O apego seguro é muito importante para a qualidade da relação afetiva entre pais e filhos e fortalecer essa relação ajuda a proteger a saúde mental das crianças. A parentalidade positiva, assim como o apego seguro e a educação positiva, ajuda os pais a despertarem uma visão e um comportamento mais empático com os filhos e isso os pais a observarem as necessidades vitais das crianças e atende-las de forma carinhosa e compreensiva. 

O apego seguro defende que todas as crianças estabelecem um apego com seu cuidador principal, mas ele pode ser seguro ou inseguro. Criando com apego depende da atenção que é dedicada aos filhos e na eficácia que os pais atendem às suas necessidades. O mais importante nesse processo é respeitar e aceitar os sentimentos do bebê/criança, dando-lhe consolo e segurança.

Criando com apego Parentalidade positiva

A parentalidade positiva é uma abordagem que é uma escolha,  de um caminho entre a parentalidade rígida (autoritarismo) e a permissiva. Ela rejeita tanto a punição quanto a permissividade e pressupõe que a criança pode desenvolver no seu tempo sua autonomia (sim, não precisamos ‘incentivar’ um contexto natural e saudável) e participar da tomada de algumas decisões, dentro do que é adequado para sua idade, do contexto familiar e de limites respeitosos.

A parentalidade positiva, ou parentalidade consciente, prega a ideia de que, bater ou castigar as crianças não as ensinará a lidar com os próprios sentimentos ou para terem comportamentos adequados. 

A parentalidade consciente parte de um pressuposto de que ao gerar um filho e, ao mesmo tempo que mãe e pai se preparam para o nascimento, também se devem preparar para a parentalidade. E existem 5 dimensões da parentalidade positiva que são importantes nesse processo.

  1. Compreender as necessidades físicas da criança.
  2. Promover a segurança da criança.
  3. Promover o desenvolvimento, comportamento e a estimulação da criança.
  4. Comunicar de forma positiva com o filho.
  5. Exercer uma disciplina positiva através do apego seguro e educação positiva.

Criar e educar os filhos da mesma maneira com a qual fomos criados ou indo para o extremo oposto pode não ser a melhor maneira de educar o seu filho. Não existe uma receita, fórmula, correta para educar seus filhos, mas existem pontos que podem ser relevantes para esse processo.

Educação positiva e os desafios da parentalidade positiva

A notícia boa é que é possível que um adulto transforme uma relação de apego inseguro para apego seguro. O primeiro ponto é cuidar de você e da sua relação com seus filhos. Existem várias maneiras de trabalhar esse aspecto, seja sozinho ou com a ajuda de uma educadora parental.

Existem casos que os pais não conseguem desenvolver um apego seguro com o filho porque ainda não têm ideai de onde começar, como agir e que crenças deve abandonar. Criando com apego envolve a transformação dos pais e do seu modo de pensar e agir para criar novas perspectivas para facilitar o processo de relação pais-filhos.

Às vezes é difícil para os pais prestarem atenção, conhecer bem seu filho para ser responsivo e assertivo, consciente, resiliente e, principalmente, saber consolar e sustentar quando a criança não se sente bem. Porém, com uma boa orientação e foco, você pode alcançar os pilares do apego seguro e da parentalidade consciente e positiva.

Gostou da publicação? Quer saber mais sobre parentalidade positiva, parentalidade consciente, educação positiva, apego seguro e criando com apego? Entre em nosso blog.