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Como melhorar a relação com seu filho por meio do Apego Seguro

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O apego seguro é muito importante para pais que buscam melhorar a relação com seu filho. Além de fortalecer o vínculo, melhora a qualidade da relação afetiva entre pais e filhos e protege a saúde mental dos pequenos. O foco da criação com apego seguro são os pequenos e suas necessidades primordiais e inatas.

A Teoria do Apego de Bowlby defende que todas as crianças estabelecem algum tipo de apego (entenda mais sobre os tipos de apego neste blog) com pais e/ou cuidadores. O tipo de apego estabelecido depende do quão atentos estamos em relação às necessidades dos nossos filhos, bem como na rapidez e na assertividade com que respondemos. Devemos buscar validar e acolher as necessidades e os sentimentos da criança, dando conforto e segurança para se expressarem.

Os comportamentos que apresentamos enquanto adultos estão diretamente relacionados com o tipo de relacionamento que foi desenvolvido com o cuidador principal na infância. A neurociência comprova que nossas crenças, doenças psiquiátricas e incapacidade de reconhecer e lidar com nossas emoções são fruto de nossas vivências infantis. 

É normal e natural que os bebês/crianças busquem suas primeiras figuras de apego como protetores quando se sentem ameaçados. Por isso, neste texto vamos falar sobre como melhorar a relação com seu filho por meio do Apego Seguro e da Educação Positiva.

Educação parental ou positiva Criando com apego

A educação parental contribui bastante para que os pais desenvolvam maneiras alternativas de lidar com os filhos. É um conjunto de técnicas de orientação aos pais sobre como educar as crianças dentro de uma perspectiva que envolve a autoeducação.

A educação parental (ou educação positiva) visa melhorar a relação entre pais e filhos. Com uma abordagem respeitosa e empática, a educação parental muda o olhar da família para a criança/bebê. Assim, esclarece comportamentos esperados para cada idade, nivelando expectativas e trazendo informações que transformam vidas e constroem relacionamentos mais honestos e respeitosos. Com o apego seguro, a educação positiva é uma maneira de ajudar os pais a superarem problemas com a educação dos filhos. 

A ideia é compreender quantas experiências de trauma trazemos para nossas crianças quando usamos a educação/disciplina punitiva. Após essa compreensão, os pais poderão ter atitudes mais saudáveis, amorosas e empáticas, preservando o desenvolvimento cerebral sadio de seus filhos. Entender sobre o desenvolvimento infantil ajuda a compreender porquê a criança apresentar certos comportamentos e a cuidar para terem suas necessidades atendidas, com empatia, respeito e preservando sua autoestima e autoconfiança.

Como já falamos, uma relação de apego seguro protege a saúde mental dos pequenos. Mas o apego seguro também serve para ajudar os pais e/ou cuidadores, entendendo que eles já tiveram suas próprias experiências, e os apoiando para que, como adultos, construam uma relação mais saudável com as crianças.

É muito difícil para um adulto ser capaz de dar ao seu filho um apego seguro se ele tem um apego inseguro ou ansioso. Muitas vezes não conseguimos dar a nossas crianças o carinho e acolhimento que não tivemos. Por isso, acabamos reproduzindo comportamentos autoritários. Logo, se você quer melhorar a relação com seu filho, é imprescindível desenvolver o autocuidado, olhando verdadeiramente para a sua infância e os seus traumas. Assim, você vai conseguir desenvolver uma relação de apego seguro com as crianças. Ter ao lado um educador parental (na Escola da Educação Positiva, formamos estes profissionais) nos apoia nesse desenvolvimento e autoconhecimento.

Criar com apego seguro é mais que apenas educar ou se dedicar, é se conhecer, conhecer seus limites, aquilo que precisa desenvolver em você mesmo, para conseguir promover os 4 pilares fundamentais do apego seguro: sensação de constante segurança, de proximidade e previsibilidade (no comportamento dos pais/cuidadores) e a diversão, o brincar juntos.

Como melhorar a relação com seu filho?

A criação com apego envolve vários pontos cruciais para você e seus pequenos se aproximarem. Mais do que um conjunto de práticas de aproximação, ele preconiza a responsabilidade com as necessidades das crianças e a sensação de segurança que eles precisam sentir para que seu desenvolvimento aconteça da melhor forma possível.

A educação parental baseada em apego seguro possui 8 princípios que devem ser considerados:

1. Preparar-se para a gravidez, para o parto e para a educação — Estudar e entender o que esperar da criação dos filhos e os comportamentos esperados e naturais, para nivelar expectativas.

2. Alimentar com amor e respeito — Priorizar momentos de conexão com nossos filhos durante a alimentação. Incentivar que comam quando com fome e parem de comer quando satisfeitos, confiando nos sinais de saciedade do corpo deles.

3. Responder com sensibilidade — Estar sensíveis aos sinais e estados internos de nossos filhos, buscando observar, entender e atender suas necessidades.

4. Promover o contato físico — Entender que criança precisa de colo e companhia. Toques carinhosos e respeitosos ajudam no desenvolvimento de uma relação de confiança e apego seguro.

5. Garantir um sono física e emocionalmente seguro — Compreender que a criança precisa dormir, que o sono é importante. Devemos buscar a razão pela qual não dormem bem.

6. Proporcionar cuidados amorosos consistentes — Cuidar da qualidade do tempo que estamos com nossos filhos. Termos entrega profunda no momento disponível para a conexão de modo a nutrir o relacionamento.

7. Praticar a disciplina positiva — Buscar que paremos de reagir e passemos a agir, entendendo as necessidades não atendidas por trás de cada comportamento de nossas crianças.

8. Procurar um equilíbrio entre a vida pessoal e a vida familiar — Procurar estar organizados física e emocionalmente para observar e atender melhor às necessidades da criança. Lembrando que todos os membros da família são importantes.

Gostou das dicas para melhorar a relação com seu filho? Acesse o nosso blog e confira mais conteúdos sobre educação parental, apego seguro, educação positiva e consultoria do sono infantil.

Desmame noturno gentil: o que é e como fazer.

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O desmame noturno gentil pode ser feito de diversas formas, e muitas mães desejam que o processo seja feito de forma mais leve possível, sem sofrimento para a mãe e para o bebê. O desmame noturno gentil deve ser realizado conscientemente, ainda mais por sabermos que normalmente as noites são turbulentas e que também diz respeito à alimentação do pequeno.

Chega um ponto onde a criança tem todas as suas refeições, come bem, está com o peso e o desenvolvimento adequado e, quando esse momento chega, a mãe pode querer diminuir as mamadas da madrugada ou mesmo fazer o desmame noturno gentil totalmente.

Nessa postagem falaremos mais um pouco sobre o desmame noturno e como a educação parental e a criação com apego pode ajudar nesse ponto.

O que é desmame noturno gentil?

Se você está exausta de amamentar a noite ou levantar inúmeras vezes para preparar a mamadeira do seu bebê, é importante que considere as razões pelas quais ele está solicitando aleitamento durante a noite repetitivamente.

Ao invés de querer controlar o alimento noturno, garanta que a alimentação durante o dia seja completa e adequado para a idade. Mas mais importante ainda é garantir que a ALIMENTAÇÃO EMOCIONAL com seu filho está adequada. Afinal, o contato que o filho tem conosco durante a amamentação, diz muito mais sobre relações do que sobre calorias.

Então, se você deseja mesmo que a demanda noturna se reduza, durante o dia REDOBRE SUA ENTREGA E CONEXÃO com seu filho:  

  • Converse muito;
  • Olho no olho;
  • Escute-o;
  • Conte historinhas;
  • Faça brincadeiras.

Sinta-se responsável por alimentar sua necessidade de contato emocional com a mãe.

Apego seguro e o desmame noturno gentil.

Claro que o apego seguro preconiza a atenção aos pequenos de maneira respeitosa e empática.

Logo, se você se organiza para encontrar mais momentos de troca emocional com o seu filho durante o dia. Com a mesma atenção que temos com a importância da alimentação diurna. Você perceberá que o seu bebê acabará se sentindo ‘satisfeito’ com o contato que há com aquele ser que supre suas necessidades físicas e emocionais. Assim, o desmame noturno vai acontecendo naturalmente, verdadeiramente.

Contato afetivo e a alimentação de bebês.

Outra dica importante: se, na amamentação, nosso filho está em contato conosco durante a alimentação, tente promover também contato enquanto o alimenta.

Tire-o do cadeirão, coloque em seu colo!

Essa atenção especial para alimentar o bebê durante o dia, brincar com ele, dar atenção, e atender suas necessidades são primordiais para você conseguir chegar a um ponto onde a mamada noturna não será mais necessária.

Quando ocorre o desmame noturno?

O desmame noturno vai acontecendo gradualmente: pode iniciar aos 4 meses de vida do bebê. Alguns vão espaçando as mamadas e elas vão se tornando cada vez mais curtas e uma hora eles não acordam mais para mamar. É fantástico, não é?

Porém, nem todos os bebês são assim. Afinal, alguns precisam de mais atenção em relação à nossa entrega física e emocional. Para o desmame noturno é preciso que estejamos conscientes do papel da amamentação, que vai além das necessidades fisiológicas. 

Como já falamos em outra postagem, não existe uma idade fixa para o desmame noturno gentil. Depende dos sinais que a criança nos dá e de como entendemos que as mudanças para esse processo são em nós, mães, e não no controle das necessidades do filho. 

Priorizar o sono pode ser uma das razões para buscarmos este desmame noturno, mas para tal é preciso um investimento na qualidade de contato durante o dia ao invés do controle da alimentação de madrugada.

Não termos a intenção de diminuir a ingestão calórica de noite sem ter atenção em manter as mamadas durante o dia e momentos de qualidade. Esse, sim, é o processo indispensável e importante para começar o processo de desmame noturno gentil.

Se deseja acabar com as mamadas noturnas e manter a amamentação durante o dia, saiba que é perfeitamente possível. Só depende das nossas ações.

Desmame noturno gentil e o Apego Seguro.

 

Quando o bebê se alimenta durante o dia e acaba acordando de madrugada para as mamadas, é por necessidade e não porque está acostumado com aquela rotina de acordar para mamar.

Ele faz isso não pela fome, mas, porque o seu corpo precisa de contato com seu cuidador principal. Ignorar estas necessidades é o que mais impacta na nossa relação com nossos filhos e no equilíbrio de seu desenvolvimento emocional.

Além disso, se a necessidade de dormir está associado à mamada noturna, aproveite esta oportunidade para também ter uma troca emocional com a acriança, o que ajuda na redução dos despertares noturnos. Esqueça as associações de sono, elas não existem.

O desmame noturno gentil precisa ser preparado e realizado de maneira correta. O tempo é o bebê quem dá os sinais. Tem que ser um processo suave tanto para a mãe, quanto para o bebê. Não se cobre impondo datas, e metas para isso acontecer. Isso pode aumentar sua ansiedade e piorar os despertares.

Quer saber mais sobre desmame noturno, educação parental, apego seguro e criação com apego? Entre em nosso blog.

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Educação Parental e parentalidade positiva para educar os filhos

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A parentalidade positiva traz uma grande contribuição para a área de educação parental, ao integrar teorias e conhecimentos potentes para orientar pais, responsáveis e escolas sobre como educar as crianças dentro de uma perspectiva que envolve a autoeducação, melhoria das relações familiares e soluções de questões cotidianas com base em princípios que fazem parte de uma educação positiva respeitosa.

Muitas pessoas querem se aprofundar nas bases teóricas da educação parental com base na criação consciente e acabam procurando por uma educadora parental para ficar por dentro do assunto.

Educação e parentalidade positiva – educação dos filhos

Muitos pais e/ou cuidadores se sentem incomodados com as birras das crianças. E nem sempre os pais conseguem imaginar ou descobrir o que está acontecendo com os filhos durante uma birra. Alguns ficam bravos e logo dão broncas, outros ignoram e não atendem às necessidades das crianças. Claro que ambas situações não são corretas.

A maternidade e a paternidade não têm uma fórmula a ser seguida. Não tem certo ou errado e, principalmente, não existem respostas prontas. A maternidade e a paternidade são trabalhos duros, de autoconhecimento, questionamento de crenças culturas familiares e de busca constante por um movimento que nos aproxime amorosamente de nossos filhos. 

Cuidar dos filhos não é uma função inata. Quando nos transformamos em mãe ou pai acreditamos que tudo venha por um conhecimento herdado e que já saberemos assumir o cargo automaticamente. Nem sempre isso é o que acontece e os pais acabam se frustrando por não conseguir cuidar dos seus filhos.

Bem, na criação consciente é trabalhada as necessidades da criança e de sua família. E, por isso, a comunicação não violenta é uma das ferramentas mais potentes que existe. A disciplina positiva é uma forma de ação que permite construir uma visão empática com o outro e com nós mesmos.

Dentro da educação positiva, utiliza-se, também, a comunicação não violenta para descontruir padrões violentos de comunicação que nos foram passados desde pequenos, os quais repetimos diariamente com nossas crianças, muitas vezes, sem a intenção.

Diante disso, é importante que uma educadora parental saiba orientar os pais a trilharem seus primeiros passos numa comunicação mais empática e amorosa com seus filhos. Nessa postagem você pode ver os benefícios da comunicação não violenta e da parentalidade positiva.

Disciplina positiva – Educação emocional

Nós fazemos parte de uma geração que aprendeu a reprimir emoções e sentimentos. E, como consequência, não sabemos identificar, acolher e lidar com eles. Não entendemos as nossas próprias emoções com clareza, quanto mais entender as emoções de um filho(a).

A criança que aprende a esconder a sua raiva e a engolir o choro, pode virar um adulto que não sabe lidar com contrariedades e tem explosões de fúria, por exemplo, principalmente com seus filhos.

Juntamente com o apego seguro, a parentalidade positiva procura acolher as emoções dos pais, de forma que eles aprendam a identificar e lidar com os próprios sentimentos. Uma abordagem eficiente de educação parental deve contribuir para a educação emocional dos pais, cuidadores e filhos.

Para finalizar, a disciplina positiva é uma das filosofias mais conhecidas na educação parental. Ela é amplamente compartilhada, com estratégias que contribuem com a relação parental, permitindo que o adulto tenha expectativas reais em relação ao comportamento da criança e saiba lidar melhor com seus desafios, através de conceitos e práticas para a criação consciente.

É através da educação positiva que aprendemos a desenvolver uma capacidade de lidar melhor com os desafios normais da infância, contribuindo para uma harmonia nas relações entre pais e filhos, e para o lar como um todo.

Quer saber mais sobre parentalidade positiva, educadora parental, disciplina positiva e criação consciente? Entre em nosso blog.

Apego seguro – Entenda a “Teoria do Apego”

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O apego seguro é um dos 4 tipos de apegos presentes na teoria do apego. O conceito de apego seguro surgiu, juntamente com o apego evitante, apego ambivalente e o apego desorganizado, a partir do estudo do vínculo desenvolvido por recém-nascidos com as suas mães e/ou cuidadores.

Os estudos foram iniciados pelo psicanalista John Bowlby, que esteve em contato com crianças órfãs e sem lar que apresentavam muitas dificuldades após a Segunda Guerra Mundial, perante o afastamento compulsório de suas mães. Na teoria, o apego seguro significa um vínculo afetivo ou ligação entre um indivíduo e seu cuidador principal, que responde suas necessidades com assertividade, tornando esse indivíduo seguro e emocionalmente estruturado.

O apego seguro é importante para a qualidade da relação afetiva entre pais e filhos, e a teoria do apego seguro defende que todas as crianças estabelecem algum dos 4 tipos de apego, a depender da relação estabelecida com o cuidador principal.

Nesse post vamos falar sobre os tipos de apego, educação positiva, disciplina positiva, educação parental e sobre como funciona a teoria do apego.

Disciplina positiva

Dentro da criação com apego existem alguns temas interessantes e que devem ser falados. Um deles é a disciplina positiva ou educação positiva.

A neurociência comprova que a criação pautada em autoritarismo ou negligência é danosa para o desenvolvimento neurocortical e emocional das crianças, tornando-as hipervigilantes e prejudicando a sua autoestima.

A disciplina positiva preconiza a comunicação não violenta entre pais e filhos. Ela prega uma abordagem com mais firmeza e gentileza, desenvolvendo o senso de responsabilidade, autonomia, cooperação e respeito por si e pelos outros.

Em paralelo com a educação positiva, o apego seguro preconiza um olhar mais respeitoso com as necessidades das crianças, que devem ser atendidas de maneira gentil, transmitindo uma sensação de segurança, ajudando na manutenção da autoconfiança, independência e da tomada de decisões para lidar com o mundo externo.

A proposta da disciplina positiva envolve uma mudança de paradigma, onde ocorre a migração da cultura autoritária e ancorada no medo para um formato de convivência colaborativa, onde todos são ouvidos, respeitados e desenvolvem um senso de comunidade.

A educação positiva entende que todo comportamento tem uma origem e uma causa. Por isso, torna-se imprescindível entender o porquê de cada comportamento. A criança reflete seus sentimentos em seu comportamento, ou seja, essa é uma forma de comunicação.

Um dos maiores desafios para os pais e/ou cuidadores é a disponibilidade de tempo com “qualidade de presença” para a convivência com os filhos. A rotina diária, as longas jornadas de trabalho, o cansaço e o tempo que dedicamos às telas em geral são fatores que ocupam muito o espaço da convivência em família, sobrando pouca energia para brincadeiras e diálogos.

Dessa forma, precisamos verdadeiramente abrir espaço para as crianças na nossa vida e na nossa rotina, assim elas poderão se sentir pertendentes e amadas, e não um ‘peso’, um estorvo para a família.

Teoria do Apego: conheça os 4 tipos de apego

Um bebê, instintivamente procura uma pessoa para cuidar dele e precisa estar vinculado a alguém para sobreviver. Por exemplo, o bebê não consegue se alimentar sozinho, depende da mãe para conseguir alimentos, calor, proteção, entre outras coisas.

Os relacionamentos interpessoais sustentam-se nas respostas que temos frente às necessidades que sentimos. A necessidade de vínculo e conexão não é sentida apenas por bebês, tanto que a teoria do apego foi estendida aos relacionamentos adultos no final da década de 1980. E os relacionamentos que temos hoje, como adultos, muitas vezes são reflexo do relacionamento que foi desenvolvido conosco pelo cuidador principal, quando ainda éramos bebês e crianças.

A Teoria do Apego apresentada por Bowlby descreve 4 tipos de apego que poderão ser encontrados nas relações:

  1. Apego seguro
  2. Apego inseguro – ambivalente
  3. Apego evitante
  4. Apego desorganizado

A seguir, vamos explicar as principais características de cada um dos tipos de apego presentes na Teoria do Apego. Assim, você compreenderá as diferenças nas relações estabelecidas a partir de cada tipo de apego e seus impactos no desenvolvimento infantil. Continue a leitura!

Tipos de apego: entenda a diferença

O Apego Seguro é o tipo de apego no qual o cuidador principal é responsivo às necessidades da criança. Consistente em sua capacidade de resposta empática. Ele observa, identifica e atende assertivamente, sempre que possível, as necessidades da criança.

Nas relações de apego seguro os cuidadores estão sensíveis aos estados internos da criança, entendendo a real necessidade por trás de cada comportamento. Esse tipo de relação torna a criança mais integrada, coerente e segura, afinal a resposta recebida foi compatível com a necessidade apresentada. A resposta do cuidador é assertiva e seu comportamento previsível e consistente.

Já em uma relação de apego inseguro – ambivalente, o comportamento do cuidador principal não é previsível. Em algumas situações responde assertivamente, com empatia, porém em outras pode agir de forma não amorosa, ignorando as necessidades da criança.

Ou seja, há inconsistência nos cuidados e a criança fica angustiada com a separação e ambivalente com a reunião, refletindo o comportamento pouco previsível de seus cuidadores.

A relação de apego inseguro é estabelecida quando o cuidador limita o contato físico e o cuidado empático para com a criança. Elas, em função desse pouco contato com o cuidador, mostram-se pouco angustiadas quando há uma separação e não afetuosas quando se reencontram. Começam a negar o contato com o cuidador, se afastando, pois, esperar por essa proximidade na relação e não ter pode ser fonte de sofrimento.

Um ambiente doméstico muito caótico, desorganizado e inconsistente em relação ao comportamento dos cuidadores, constrói uma relação de apego desorganizado e inseguro. Neste relacionamento a criança mostra-se angustiada com a separação e com o reencontro, combinando os comportamentos resistente e evitável (desviando-se do contato com o cuidador). Uma criança em apego desorganizado e inseguro está em sofrimento.

A relação que construímos com nossos filhos terá aspectos de algumas das formas de apego, não apenas de apego seguro, pois como seres humanos, somos inevitavelmente falhos, especialmente quando fomos criados sob a tutela do autoritarismo.

Por isso, é importante que sejamos cada vez mais conscientes em nossa parentalidade, sabendo qual relação estamos construindo com nossos filhos e suas consequências. Precisamos buscar cada vez mais estarmos em uma relação de apego seguro, entendendo que a cada dia é uma nova oportunidade de reescrever nossas relações. Precisamos transformar o olhar para nossos filhos, tão frágeis e dependentes do nosso amor e equilíbrio emocional.

Você quer saber mais como funciona a teoria do apego? Entre em nosso blog e fique por dentro das notícias sobre apego seguro, educação positiva, educação parental, disciplina positiva, tipos de apegos, entre outros.

Assista também ao vídeo da Lívia Praeiro sobre o apego seguro:

 

Lívia Praeiro é Educadora Parental, especialista em sono infantil e fundadora da 8 Horas. Siga a 8 Horas no Instagram e acompanhe mais novidades.

 

Como fazer o desmame natural – Aleitamento materno

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A amamentação é um dos maiores desafios da maternidade, porém, é ela quem cria elos que as mães temem em romper. Quando falamos sobre o desmame natural e desmame gentil, existem diversas pessoas, com diversas opiniões, quando se trata da melhor hora para interromper a amamentação.

O aleitamento materno é essencial para bebês de até dois anos de idade e a OMS recomenda que o aleitamento seja realizado por esse período, no mínimo. Ainda sobre o aleitamento, é normal que muitas das crianças desmamem por volta dos dois anos e seis meses de idade, o que é chamado (segundo diversas teorias), de desmame natural.

Nessa publicação vamos falar sobre o desmame natural e sobre como descomplicar sua rotina para dar início ao processo de desmame.

Desmame noturno e desmame gentil

É normal que bebês acordem várias vezes a noite para mamar e, por mais que isso seja bem cansativo para a mãe, até os 6 meses de vida do bebê, a livre demanda de amamentação é importante.

As mamadas noturnas, nesse momento, são tão importantes quanto as mamadas que o bebê faz durante o dia. Além disso, o padrão de sono do bebê é muito diferente do nosso, assim como os ciclos de sono, que são mais curtos.

Como falamos, a mamada noturna é normal até os 6 meses de vida, porém, o desmame noturno pode acontecer, naturalmente, após os 4 meses de vida. Os bebês são muito diferentes e, por isso, alguns estarão prontos para o desmame noturno primeiro.

Naturalmente, os bebes vão espaçando as mamadas e elas vão se tornando cada vez mais curtas, até chegar a hora que eles não acordam mais para mamar. Porém, isso não acontece com todos os bebês.

O que precisamos entender é que, além de nutrirem-se fisicamente amamentando, o bebê nutre-se também emocionalmente, então, a partir do momento que passa a não ter mais necessidade de ingestão calórica, mantém suas necessidades de contato, calor, vínculo, e mantém os despertares para ‘garantir’ essa nutrição. Por isso entendemos que o desmame natural acontece quando todos estes aspectos são observados, ou seja, quando a mãe percebe que os despertares estão sendo mantidos para esse contato e troca e passa a ter um olhar mais consciente para as oportunidades de troca, contato, carinho, vínculo, durante o dia, o que reflete na redução dos despertares durante a noite. 

Não existe uma idade fixa para o desmame noturno, depende muito mais dos sinais de prontidão que a criança nos dá, que tem referência com as oportunidades de contato com a mãe (quem amamenta), durante o dia, do que propriamente da idade. Quando o bebê se alimenta bem durante o dia, por exemplo, não podemos dizer que é um sinal de que, provavelmente, ele não vai se alimentar durante a noite ou vai se alimentar pouco, e também que já tem suas necessidades de vínculo também supridas durante o dia.

O desmame noturno precisa começar gradativamente, depende verdadeiramente desse olhar cuidadoso da mãe para suas necessidades físicas e emocionais que são supridas com o ato de amamentar (e se a amamentação for compulsória, sem prazer, a criança não consegue suprir suas necessidades emocionais e fica AINDA MAIS dependente desse contato, que já lhe parece tão frio, mas é entendido como a única forma de troca com a mãe…

Desmame natural Amamentação 

A partir dos dois anos de idade, o leite materno segue como complementar e ainda alimenta, muito, a criança. No desmame natural a criança, que passou por uma amamentação sem a interferência de bicos artificiais (chupeta e mamadeira) e foi alimentada sob livre demanda, opta por parar de mamar. 

Isso porque se, em uma exceção, a criança parou de mamar após os dois anos e meio de idade e seguiu usando o bico artificial, a realidade é que ela não desmamou, apenas trocou o seio materno pelos bicos.

Existem alguns sinais que podem ajudar a identificar se a criança está pronta para o desmame. Esses sinais podem ajudar a mãe a perceber quando o pequeno está pronto para parar de mamar. Veja:

  1. Quando a criança tem mais de 1 ano e já tem uma alimentação equilibrada e variada.
  2. Qual ela deixa de pedir para mamar a qualquer momento.
  3. Quando ela dorme de outras formas, sem pedir para mamar.
  4. Quando ela se distrai durante as mamadas, e quer fazer outras atividades.
  5. Quando já existe um vínculo seguro e bem estabelecido com a mãe.
  6. Quando a criança aceita tranquilamente que o ato de mamar seja reservado apenas a alguns momentos, como dormir.

Quer saber mais sobre o desmame natural? Entre em nosso blog e saiba mais sobre desmame gentil, amamentação, aleitamento materno e desmame noturno.