O conhecimento pode ser transferido de uma pessoa para outra de várias maneiras. Seja de professor para aluno, de pai/mãe para filho e vice-versa. O caminho do conhecimento é uma via de duas mãos. Quando os pais pensam em escolas para os seus filhos, eles baseiam seus conhecimentos sobre o assunto em sua própria experiência educacional.
Muitos pais de hoje, viveram relações de uma educação tradicional, com hierarquia bem delimitada e nenhuma voz às necessidades da criança.
A criação com apego tem o objetivo de tornar a relação entre pais e filhos mais próxima. Além de ser uma prática saudável, ajuda a criança com o seu desenvolvimento e a torna mais independente. Mas o que a criação com apego, o apego seguro e a Parentalidade positiva influenciam no desenvolvimento da criança? Como o desenvolvimento da criança pode ser melhorado através dessas técnicas?
Em outros artigos falamos sobre a criação com apego, o apego seguro, a educação parental e o papel que os pais e uma educadora parental pode influenciar no desenvolvimento das crianças.
Educação positiva
A educação positiva consiste em dar foco às necessidades da criança e da família. É uma ferramenta poderosa e de comunicação não violenta. A comunicação não violenta é uma nova forma de se comunicar consigo mesmo e com o outro. Alguns definem como um método, mas é algo que faz a gente se conectar com nossos sentimentos e necessidades, ajuda a criar empatia e a pensar no outro assim como pensamos em nós mesmos.
Na educação tradicional os pais são uma figura principal do processo de ensino-aprendizado e pelo menos na cabeça da criança, são eles quem detém o poder e o conhecimento e estão ali para transferir para os filhos e é importante. No modelo tradicional o foco é a obediência, a disciplina.
Diferente da educação tradicional, a educação consciente positiva, os pais são mediadores que levarão a criança a construir seu próprio conhecimento em relação a si mesma e ao mundo. Como falamos, o foco também são as necessidades da criança. A comunicação é feita de maneira diferente. É uma comunicação sem culpa, sem julgamentos e de maneira gentil, não violenta. É um método que pode ser usado nas escolas, através de uma educadora parental e, na verdade, já vem sendo usada em algumas escolas que aderiram esse modelo.
Parentalidade positiva
Como muitos de vocês devem saber, e lembrar, se uma criança ou jovem sentia raiva ou falava de maneira grosseira com os professores seu comportamento era reprimido. Esse é o modelo tradicional de ensino. No ensino permissivo, os educadores se furtariam do dever de orientar a criança para uma postura adequada, justificando, muitas vezes, que é apenas uma criança ou um jovem, que é uma fase e que essa fase vai passar. Existem várias maneiras de usar uma comunicação não violenta com as crianças. Por exemplo:
De forma permissiva: “Tal aluno é um aluno problemático”;
Comunicação não violenta: “Tal aluno às vezes é agressivo e isso pode causar problemas”.
A comunicação não violenta e a educação positiva podem ser passadas para os pais. A mudança pode acontecer em casa, primeiramente. Mas a educação é algo que começa em casa e termina na rua. Nas escolas é importante que o corpo docente adapte e tenha profissionais conscientes da comunicação não violenta e que não sejam permissivos com as crianças. Do que adianta os pais educarem e, na escola, o contrário acontecer?
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