A teoria do apego, o apego seguro, surgiu a partir de um estudo de vínculo desenvolvido por recém-nascidos com as suas mães e cuidadores. É um estudo que abrange os campos das teorias psicológica, evolutiva e etológica. É um modelo que tenta descrever a dinâmica das relações interpessoais de longo e curto prazo entre os humanos. Ela explica como a relação pais-filho surge e influencia no desenvolvimento da criança.
A criação com apego começa antes mesmo da criança nascer e se estende para os laços entre adultos e a maior atenção é dada na fase em que elas são crianças, pelos pais. Quer saber mais sobre educação positiva e educadora parental? Veja em nosso blog.
Nós viemos ao mundo para formar laços com os demais. Além de ser prazeroso e benéfico para a saúde mental, os relacionamentos são uma forma de garantirmos a nossa sobrevivência. Por exemplo, quando um bebê tem fome, normalmente a primeira reação é chorar e reclamar, até que sua mãe a amamente (saiba mais sobre o desmame natural e gentil).
Um bebê é incapaz de cuidar de si mesmo. Ele depende dos pais para conseguir alimento, saciar-se da necessidade de contato, carinho, dormir e aprender sobre o mundo. Essa relação entre pais e filhos é o principal campo de estudo da teoria do apego seguro.
O apego significa um vínculo afetivo entre um indivíduo e uma figura de apego. Os laços entre essas pessoas podem ser recíprocos entre dois adultos, porém, entre uma criança e um cuidador, são baseados nas necessidades de segurança, proteção e necessidades fisiológicas. Criando com apego é uma proposta em que as crianças se apegam saudavelmente a quem cuide delas, com a finalidade de sobreviver, garantindo o desenvolvimento físico, social e emocional.
Na década de 80 os mesmos princípios da teoria do apego foram aplicados aos adultos e foi notado que, entre parceiros românticos, havia o compartilhamento de similaridades com as interações das crianças e quem as cuidava.
Existem padrões de vínculo que os adultos criam com outros adultos. Esses padrões costumam ser categorizados em 4 estilos de apego: apego seguro, apego evitante, apego ambivalente e apego desorganizado.
Vamos começar falando do apego seguro. Pessoas com esse tipo de apego tendem a ter opiniões positivas sobre si mesmas e sobre seus parceiros e seus relacionamentos. Normalmente relatam maior satisfação e harmonia em seus relacionamentos do que pessoas com outros estilos de apego. Pessoas seguramente apegadas se sentem confortáveis tanto com a intimidade quanto com a independência.
Quem tem o estilo de apego evitante deseja um alto nível de independência e esse desejo surge como uma tentativa de evitar completamente o apego. Eles se sentem autossuficientes e invulneráveis a sentimentos associados com a intimidade ligada a outros. Costumam negar que precisam de relacionamentos íntimos.
Pessoas com apego ambivalente buscam por altos níveis de intimidade, aprovação e receptividade de seus parceiros. Valorizam a intimidade a tal ponto que se tornam excessivamente dependentes de seus parceiros. Frequentemente duvidam de seu valor como parceiros e culpam-se pela falta de receptividade de seus parceiros.
O grupo do apego desorganizado é um grupo em que as pessoas tem sentimentos mistos sobre relacionamentos íntimos. Por um lado, desejam ter relações emocionalmente intimas, por outro, tendem a se sentir desconfortáveis com a intimidade emocional. Estes sentimentos mistos são combinados, às vezes, com opiniões negativas sobre si e seus parceiros. Geralmente veem a si mesmos como indignos da receptividade dos parceiros e não confiam nas intenções dele.
A teoria do apego pode ser aplicada tanto a recém-nascidos e crianças quanto para a avaliação do comportamento adulto.
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