O desmame é uma das palavras mais comentadas atualmente entre as mães. Em suma, desmame é um processo de redução da frequência das mamadas. É importante lembrar que o aleitamento materno exclusivo é recomendado até os 6 meses. Dessa forma, sem que sejam ofertados sucos, água e chás nesse período. Apenas a partir do sexto mês é que se deve pensar na introdução alimentar e iniciar o processo de desmame gentil, desmame natural e desmame noturno.
O desmame natural pode se estender até 1 ou 2 anos de vida, ou mais e, aos 2 anos, a criança já deve estar recebendo outras refeições completas como almoço, jantar e lanches. Portanto, para fazer o desmame gentil é importante desenvolver outras formas de contato e conexão, de forma que a criança se sinta próxima da mãe, independente do ato de amamentar ou não.
Algumas crianças conseguem se ajustar melhor a essa nova realidade considerando que se sentem livres para explorar o mundo e que, mesmo sem amamentar sentem a presença e o carinho da mãe. Para tal, é importante que esteja atenta a distinguir em quais momentos a criança sente fome e quais os momentos de fome emocional, ou seja, que busca o seio por necessidade de contato e proteção.
Enquanto o reconhecimento das necessidades nutricionais x emocionais não estiverem claras, não pondere realizar um desmame noturno. Pois, só aumentará o estresse e desafios com o sono e outros aspectos da vida da criança.
Muitas mães se questionam quando é a hora de desmamar seu filho. Algumas optam por desmamar só de madrugada, enquanto outras querem tirar o bebê totalmente do peito. A recomendação é que inicie durante o dia, oferecendo mais contato e conexão, de foram que o desmame verdadeiramente cumpra seu papel e que a relação entre mãe e filho seja baseada em respeito.
Primeiramente, é preciso que a mãe se informe e saiba quais os benefícios da amamentação prolongada e da livre demanda. Depois, se tiver certeza do que quer, pode realizar o processo de desmame gentil.
É importante saber que o desmame pode ser feito passivamente, ou seja, a mãe permite que o amamentar seja guiado pela criança, que vai se desconectando da amamentação à medida que encontra no mundo externo o mesmo acolhimento e contato.
Sendo assim, a mãe que oferece o peito só antes da criança dormir ou em determinados momentos não está no caminho para ideal para o desmame. Dessa forma, para o desmame a mãe precisa aprender outras formas de atender às necessidades do filho até encerrar por completo a amamentação.
O que se não deve fazer é o desmame abrupto. Que significa retirar o peito da criança de um dia para o outro (incluindo usando o pai como ‘responsável’ pelo afastamento ao seio. Ademais, isso pode gerar uma insegurança e frustração do pequeno, além-desconexão com o pai, insegurança em relação ao papel protetor da mãe… O que vai de contra a criação com apego e a disciplina positiva.
Muitas mães se sentem pressionadas quando ao desmame. Isso pode trazer malefícios para a relação entre a mãe e o pequeno.
Assim, fica mais difícil e sem sentido conduzir o desmame dessa maneira. Tanto a mãe quanto o filho não querem modificar essa relação e estão sendo conduzidos a se desconectarem, quando obrigados a fazê-los por fatores externos. Isso é sério e acontece. Se você acredita que o desmame é para atender as necessidades do marido ou da sociedade, avalie quem é a criança neste contexto, pois é quem deve ser protegido.
O que as mães podem colocar em mente é que o desmame não é 8 ou 80. Aleitamento em livre demanda ou desmame total. É uma dança com a criança, de amor, respeito e sensibilidade.
Eles entendem o que dizemos e, muitas vezes, não conseguem se expressar da mesma forma. ‘Combinados’ para deixar de mamar em um ou outro momento só atendem à mãe, não à criança. Se ela mama, é porque tem necessidades emocionais conjugadas a necessidades físicas.
Transformamos isso, não a criança! Se deseja mesmo desmamar, mude sua entrega, aumente momentos de contato e troca emocional e perceberá que a criança evolui na relação, junto com a mãe!
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