Para muitos pais, lidar com as demandas de sono do bebê não é uma tarefa fácil. As reclamações como “meu filho não dorme” são frequentes e podem parecer sem solução. No início de sua vida é normal que o bebê acorde várias vezes para mamar e isso pode ser um problema para alguns pais.
Principalmente quando não têm informações sobre os comportamentos de sono normais de um bebê. Como saber se está na hora do bebê dormir? Como auxiliá-lo a ter um sono de mais qualidade?
O comportamento de sono dos bebês vai mudando conforme eles vão crescendo. Existem algumas atitudes que podem influenciar esse comportamento. Fugindo de estratégias ou ferramentas de “como educar o sono do bebê” ou “como fazer meu filho dormir” para uma abordagem investigativa que se questiona: “Por que meu filho não dorme bem?”.
Nessa publicação falaremos um pouco sobre esse assunto.
Antes de tentar auxiliar os bebês a dormirem melhor, é preciso entender as razões pelas quais o filho não dorme. E, para isto, é necessário entender os comportamentos de sono normais dos bebês ao longo do tempo.
Portanto, no primeiro mês do bebê seus horários de sono são irregulares. Eles acabaram de chegar ao mundo e estão em constante adaptação. Logo, ainda estão se acostumando com o novo ambiente, com a rotina dos pais, da casa e, principalmente, da amamentação.
Por isso, é normal que apresentem sonecas de cerca de 20 minutos e que elas sejam suficiente para descansarem. Podem acordar para se alimentar e também (principalmente) para solicitar contato e calor materno.
Além disso, deixar o bebê dormir no colo durante o sono é importante para durar mais tempo e ser mais tranquilo, evitando que os conhecidos “reflexos de Moro” (movimentos involuntários que os bebês costumam apresentar nos 3 primeiros meses) os despertem.
Entre 3 e 4 de vida meses o bebê começa a cadenciar melhor o sono e apresentar comportamento mais estável na duração das sonecas e do sono noturno. Nesse período o bebê também começa a ter menos necessidades calóricas, fazendo com que a necessidade de despertar à noite para se alimentar diminua.
Ou seja, é interessante que os pais estejam atentos a essa fase e percebam que os despertares continuam. Porém, não para a alimentação, mas para garantir o contato com o cuidador principal, preferencialmente a mãe.
Afinal, se não estamos atentos, acabamos respondendo ao despertar com amamentação e nos parece que o comportamento de sono ‘não evoluiu’. Mas, na verdade, somos nós que não estamos acompanhando as mudanças atentamente.
Se o bebê apresenta despertares durante a noite, não necessariamente significa que ele dorme mal. Observar como é seu comportamento durante o dia pode dar pistas se está conseguindo descansar o suficiente ou não.
Dessa forma, se o bebê está alerta e bem-humorado, brinca, ri e interage bem com o cuidador provavelmente seu sono está suficiente. Porém, se passa o dia cansado, com muitas sonecas, com pouco interesse em brincar e mais emocionalmente sensível, pode ser um sinal de que o sono não está sendo restaurador.
Então, se você se preocupa que seu filho não dorme, além de se informar sobre a realidade do sono infantil. Desse modo, entenda que muitos dos despertares podem ser a busca pelo contato com o cuidador principal.
Sabendo que, para garantir a sobrevivência da espécie, os bebês têm sono leve (maior quantidade de sono REM) e ciclos de sono mais curtos, espera-se que possam apresentar mais despertares. Como já discutimos no blog o sono tem 2 pilares: o físico e o emocional.
Um pilar físico bem estruturado prevê sonecas consistentes e um ambiente preparado para a manutenção do sono:
Já o pilar emocional prevê segurança e, para tanto, é necessário contato com o cuidador principal, tanto durante o dia quanto à noite.
Para terem comportamentos de sono mais consistentes, os bebês precisam se sentir seguros para se entregar ao sono. Já que uma vez que ao dormir, estão ainda mais vulneráveis.
Portanto, ao longo do dia é preciso ter tempo disponível para ficar com o filho, tempo de qualidade e entrega, sem as distrações do mundo externo (celulares, compromissos, casa, trabalho…). Durante a noite é importante também estar ao lado desse bebê, permitindo que durma em contato, com o cuidador principal, seja no colo ou na mesma cama.
Afinal, esse cuidador deve estar preparado (e descansado) para acolher o bebê quando houver despertares e isso é feito ao longo do dia, tendo momentos de autocuidado e descansando sempre que possível. Assim, cada vez mais o bebê se sentirá seguro e tranquilo, refletindo em seu comportamento de sono.
A construção diária de uma relação de apego seguro com os bebês é fundamental para todos os aspectos de sua vida.
O apego seguro é uma maneira de educar os filhos com segurança, carinho e sem o uso de atitudes violentas. Se desenvolve desde o primeiro minuto de vida, a partir das suas experiências cotidianas.
O apego seguro ajuda, e muito, na qualidade do sono da criança. Por quê? Bem, a criança, além de se sentir segura para dormir, precisa ter suas necessidades inatas de proteção e contato satisfeitas.
A Teoria do Apego Seguro em um dos seus pilares diz que é função do cuidador principal garantir um sono seguro, física e emocionalmente, para os bebês e crianças. Entende-se que eles podem acordar ocasionalmente durante pesadelos, dentição, doença, surtos de crescimento ou durante períodos de transição e como resposta ao estresse dos pais.
Portanto, é fundamental que os pais tenham o acompanhamento de um profissional de sono que tenha como base o apego seguro. Se seu filho não dorme, ele pode ajudar a entender o que está acontecendo.
Contudo, a implementação de uma rotina no dia a dia da criança também é importante. Afinal, com a previsibilidade, ela se sente mais segura, respeitando e ficando mais tranquila na hora de dormir.
Além disso, essa rotina deve incluir:
Com essas dicas, toda vez que pensar “meu filho não dorme” poderá testar e experimentar o que citados. Entretanto, lembrando sempre de buscar a ajuda de profissionais caso houver problemas para o seu filho dormir por muito tempo.
O sono dos bebês é um dos primeiros desafios para uma mãe, muitas vezes para toda a família. A privação do sono e todas as demandas da nova realidade pós-nascimento incita a busca por profissionais que apoiem as famílias para entender o comportamento da criança. Dessa forma, buscando o que pode ser melhorado e como os pais podem se relacionar melhor com seus filhos.
Se você tem alguma dúvida em relação ao comportamento de sono esperado para seu filho ou não sabe se o sono tem sido suficiente para seu pleno desenvolvimento, é importante buscar um educador parental em sono infantil para lhe auxiliar.
Profissionais cuja base é o apego seguro terão um olhar mais ampliado para as relações familiares e poderão auxiliar toda a família a encontrar um caminho de amor e respeito em se tratando do sono do filho.
O educador parental em sono e apego seguro tem como missão permitir que as famílias encontrem o prazer na parentalidade: não nos cuidados com o bebê, mas na sua relação com esse novo ser, por um sono de qualidade. Para que nunca mais tenha que reclamar que filho não dorme.
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